quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Os dois lados da moeda

Oi gente...
Sem sombra de dúvidas a gravidez é um momento muito especial na vida de uma mulher. Não só especial, é uma coisa mágica. Mas como tudo na vida, a gravidez também tem seu lado de sensações não tão boas. As mudanças no corpo e na mente são tantas, e em tão pouco tempo, que é difícil assimilar com naturalidade.
 
Claro que toda mulher é diferente uma da outra e cada gravidez é única, então cada pessoa sente de um jeito.
 
Eu as vezes brinco dizendo que, pra mim, ficar grávida é quase como ficar doente, pois tenho tantos sintomas....
 
Ganhei de aniversário da minha irmã o livro “O que esperar quando você está esperando”. O livro é um book, a bíblia da gestação, lá tem tudo sobre cada etapa da gravidez e dá muitas dicas de como minimizar os sintomas “caso” a gestante sinta. Eu sinto todos.... É incrível, não conheço nenhuma mulher que teve tudo que a literatura diz que pode acontecer, e tudo tão certinho no tempo previsto nos livros. E esse livro que ganhei tem me ajudado bastante a identificar certos sintomas e tomar ação correta. É praticamente um médico particular...
 
No primeiro trimestre eu tive aquilo que quase toda grávida tem: muito enjoo, mas muuuuito mesmo, vômitos frequentes, falta de apetite, quedas de pressão e mal estar. Nesse início da gestação, por não conseguir me alimentar bem, acabei emagrecendo. Durante todo o período tive muito sono, muito, muito sono... onde eu me encostava eu dormia. Como até as 12 semanas eu não trabalhei por causa daquele sangramento assustador que falei aqui e tinha que fazer repouso, eu praticamente só dormia. Por conta das quedas de pressão, frequentemente eu sentia tonturas e desmaios e nunca saía sozinha, por medo de cair.
 
Neste período também tive muita prisão de ventre, a ponto de o Amaral ter que me fazer massagem por causa dos gases. Por causa disso, tive problemas em grau leve com hemorroidas. Digo leve pois já sofri muito com isso no passado e sei bem o que é uma crise, então por enquanto, considero grau leve. Nesse período também tive a comum necessidade urgente de urinar. Chegava a acordar duas vezes na madrugada e saía correndo pro banheiro, antes que não desse tempo. No primeiro e segundo mês, senti drasticamente a mudança dos seios. Cresceram bastante e a dor era tanta que até com a água do chuveiro doía.  
 
Também tive algumas ocorrências de sangramento do nariz, por conta do aumento da circulação sanguínea. Outra coisa que observei foi uma aumento do volume de saliva.
 
Olhando por esse ponto, parece que o primeiro trimestre só teve coisa ruim, mas muito pelo contrário....todos esses sintomas foram abafados pela alegria de anunciar a gravidez. A surpresa dos primeiros presentinhos, a imensa felicidade de fazer as ecos e saber que tudo está bem com o bebê... Nossa tiveram tantas situações felizes, que todos esses sintomas ficam esquecidos.
 
Aí começou o segundo trimestre, e o enjoo instantaneamente desapareceu. Incrível como foi certinho. Exatamente ao final as 12 semanas, os enjoos sumiram. Continuo tendo alguns vômitos de vez em quando, mas agora diferentes. Eles são depois de uma súbita dor de estômago e vem fulminante que as vezes nem dá tempo de chegar a um banheiro e acontece na rua mesmo.
 
Agora surgiu também azia. Nossa, pincipalmente de manhã, sinto uma queimação no estômago.... deve ser porque passo a noite sem comer nada. Meu apetite está aumentando aos poucos, mas ainda tem vezes que não consigo me alimentar direito e por causa disso, meu médico pediu que eu comessace a usar vitaminas. Essa dificuldade de comer tem um pouco a ver com a redução de estômago também. Por mais que eu tente, não tem como comer muito. Por isso ainda não engordei nada.
 
Alguns daqueles sintomas do primeiro trimestre foram diminuindo, mas dando espaço pra outros.
 
Agora por exemplo, sinto muita dor no corpo e isso é resultado de um ciclo: já não durmo mais tão bem a noite por falta de posição, aí de manhã já me acordo cansada. Vou trabalhar, sinto muito sono e continuo cansada. Passo o dia sentada e a noite quando volto pra casa to acabada. Tomo um banho, como qualquer coisa, porque a canseira é tanta e vou pra cama. Aí “tento” dormir bem e não consigo porque estou tão cansada que tremo e meus músculos espasmam a noite inteira. No dia seguinte, acordo com uma dor absurda nas pernas e tudo começa de novo.... Pelo menos as idas ao banheiro da madrugada não estão acontecendo, sei que é por pouco tempo, mas por enquanto, tá ótimo assim.
 
Ganhei de aniversário dos meus colegas de trabalho um travesseiro para o corpo, tipo ao que a Jennifer Lopez tem no filme Plano B. Esse travesseiro tem sido um ótimo companheiro (tadinho do Amaral), me agarro nele a noite toda e tento encontrar a melhor posição. Sem ele eu nem imagino como seria, não ia dormir nada eu acho...
 
Sei que por causa das noites mal dormidas, está difícil de controlar o mau humor de manhã. Até que não tinha tido instabilidade, mas realmente, não dormir direito, acaba comigo. Chego no trabalho destruída, e me seguro pra não mandar longe quando me perguntam se eu ainda to dormindo ou se tá tudo bem, pq to com uma cara.... 
 
Ha alguns dias sofri com dor nas costas. Minha barriga já está grande pelo tempo que eu estou e isso está afetando meu centro de equilíbrio, e quem sofre com isso é a coluna. Como há alguns anos eu caí e quebrei o cóccix e uma vértebra da lombar, sinto dores terríveis. 
 
As tonturas e quedas de pressão tinham acabado, mas essa semana retornaram com toda força. Hoje foi um dia que não consegui ir trabalhar pq minha pressão não passava de 8/4.... não tinha mínimas condições de me manter em pé. Já tô até com vergonha de ligar pro meu chefe e dizer que não vou pro trabalho por isso, por aquilo, isso quando não passo mal no trabalho... Acredito que isso seja por causa do calor. Só fico pensando o que me espera no forte do verão.
 
Agora que estou finalizando o quarto mês, alguns sintomas foram se acentuando.... a prisão de ventre é maior, e ao final do dia percebo que minha barriga está bem maior, devido ao inchaço por causa dos gases. Por conta disso, as hemorroidas passaram para um grau levemente moderado (estão aos poucos piorando, dá até medo de pensar no final).
 
Os seios continuam crescendo, mas já sem tanta dor. Outro dia observei que havia uma espécie de pasta esbranquiçada nos bicos, como se tivesse saído um colostro grosso. Por duas vezes aconteceu isso e está na pauta para a consulta no início do mês, pois acho muito cedo pra estar saindo leite. Mas se for, que bom, é sinal que não vai falar hehehe.
 
Ainda não saltaram as varizes, mas já sinto que as veias das pernas estão mais calibrosas, talvez até por isso doem tanto no início do dia. Falando em pernas.... surgiram cãibras nas panturrilhas. As vezes, do nada, começo a sentir repuxar e deu... a dor é pavorosa. Essa semana tive uma crise no trabalho e me fez até rir, pois não há o que fazer, e no fim das contas, se torna engraçado.
 
Outra coisa que observei e que me incomoda é entupimento dos ouvidos. Parece que to sempre subindo a serra. Toda hora dá um clic, e pronto, fico com a audição prejudicada. Conforme o livrinho maravilhoso, isso é normal. Mas que é chato é....
 
Aí de novo, falei das coisas que parecem ruins, mas tudo isso é superado pela imagem redondinha da minha barriga. Vai até parecer estranho, mas estou adorando não entrar mais nas minhas roupas normais. Ontem abandonei as calcas jeans, e enquanto não comprar novas, só posso usar vestido. Isso não tem nada que faça entristecer.... ver as alterações e evoluções do corpo e saber que isso é porque tem um bebê se formando dentro de mim, é maravilhoso....
 
Outra coisa maravilhosa desse período é que os presentinhos são mais frequentes e isso é o maior sinal de preparação pra chegada do baby. Como ainda não sei o sexo, tá difícil escolher as coisas, mas a imaginação está borbulhando. Outra coisa que sei que vai ser maravilhoso e que vai superar tudo de incômodo é que estou prestes a sentir os primeiros movimentos do bebê. Ainda não senti um chutinho, mas já sinto que minha barriga endurece, como se fosse uma pequena contração, e lembro que sentia assim na gravidez do João Pedro e isso precedia os movimentos. Que o bebê já mexe, isso eu sei, mas to loca pra sentir.
 
Outra coisa que supera qualquer dor e desconforto, é a preocupação das pessoas em saber se  o bebê está bem, se eu estou bem. Toda hora tem alguém na minha volta se preocupando com meu bem estar. Todo esse paparico é viciante....
 
Então é isso, a gravidez também tem os dois lados da moeda, ora boa, ora nem tanto. Mas o que importa nesse caso é o resultado que ela trás, e esse eu sei que trás um sentimento maravilhoso e inigualável...
 
Pra finalizar, deixo uma fotinho da barriga com 15 semanas.
 
Beijos e Bom final de semana a todos.


terça-feira, 9 de outubro de 2012

"Coincidentemente"... HDC

Ontem vivi uma situação inesperada...
 
Um tio do meu pai faleceu. Eu não tinha ligação com ele, mas tenho com o restante da família. Quando passamos pela situação do João Pedro, as filhas e netas desse tio estiveram do meu lado o tempo todo, então eu senti que devia retribuir esse carinho na hora da dor, e acabei indo ao velório.
 
Depois do João Pedro eu nunca mais tinha ido em velório. Na verdade tentei ir ao da vó de uma amiga, mas só cheguei e já saí, pois não consegui ficar. Só que desta vez, eu me achava com mais força pra suportar a situação. Só que mal cheguei na capela e encontrei uma das minhas primas, neta desse tio, que passou pelo mesmo que eu.
 
A Natália teve seu menino Artur e alguns meses depois ele faleceu. Nunca soubemos certo o motivo, parece que foi um vírus letal que se instalou no bebê. Nunca quis saber detalhes, pois “imaginava” o quanto devia ser difícil lidar com isso. Nem imaginava que mais tarde eu sentiria na pele essa dor.
 
Depois de uns 3 anos, (eu já tinha passado o mesmo com o JP) a Natália engravidou novamente, mas perdeu na gestação. Eu fiquei muito triste com isso, e só pensava que horror que ela devia estar passando. Poucos meses depois, passei tudo isso também.
 
Eu e a Natália não somos próximas, na infância até éramos mais e agora, cada uma segue seu rumo, mas ontem quando nos vimos, nos abraçamos e choramos juntas sem dizer uma só palavra, e uma estava entendendo o que a outra estava sentindo.
 
Fiquei junto com a família, fiquei muito junto com a Natália, e lá pelas tantas, uma prima do meu pai, completamente sem noção, perguntou pra mim e pra minha mãe se já tínhamos visto que na capela ao lado tinha um bebezinho sendo velado. Ela ainda fazia gestos com as mãos mostrando o tamanho do caixãozinho e falando que era tudo rosinha.
 
Fiquei pasma com a frieza daquela pessoa em tocar nesse assunto comigo, num momento em que estava vendo que eu tava acabada.
 
Eu e minha mãe não respondemos e ela continuou insistindo no assunto, perguntando se quando um a criança nasce morta, tem velório. Aí minha mãe ainda se deu o trabalho de responder que pro João Pedro foi feito. Fiquei doida e disse com o olhar fulminante que o João Pedro não tinha nascido morto. Falei isso e virei as costas pra não ter que dar um murro na cara dessa prima do meu pai. Tão inconveniente, perguntando esse tipo de coisa, bem estilo de gente “urubu de velório”.
 
Fiquei com muita raiva dela, pela falta de noção. Aí minha mãe depois de um tempo veio me procurar dizendo que a fulana tinha ficado toda sem jeito, que não sabia o que fazer, porque ela não sabia que eu tinha perdido um filho. Duvido! Isso não é o tipo de notícia que uma família de gente fofoqueira deixe de comentar. Ela sabia sim, tanto que lembro do marido dela no velório do meu filho. Fiquei com mais raiva ainda e disse pra minha mãe não deixar essa mulher chegar perto de mim, pois eu não sabia o que seria capaz de fazer.
 
Perdi as estribeiras. Fiquei nervosa, e comecei a pensar e imaginar que na capela ao lado de onde eu estava, havia um pai e uma mãe passando pelo mesmo desespero que eu e o Amaral passamos. Comecei a sentir uma necessidade de ir abraçar aquela mãe, mas me segurei, pois não podia invadir assim a intimidade de quem eu não conhecia.
 
Só que fiquei agitada, andando de um lado pro outro, e numa dessas acabei olhando lá pra dentro e vi que os pais do bebê eram um casal bem jovem, aparentando ser como eu e o Amaral. Então ficou de novo martelando algo na minha cabeça, que eu devia ir lá e dizer praquela mãe não perder as esperanças e continuar confiando em Deus. Tentei resistir, mas meu coração falou mais forte. Larguei minha bolsa com minha mãe e invadi o outro velório. Cheguei  na moça, perguntei se ela era a mãe, ela disse que sim, então eu pedi desculpas, disse que estava do lado de fora e que tinha visto o sofrimento dela. Disse que há quase dois anos eu havia passado pelo mesmo que ela e que sabia o que ela estava sentindo, e que eu só queria dar um abraço nela e dizer que ela continuasse confiando em Deus, que Ele sabia o que fazer. Ela então me agradeceu, com o olhar longe, de quem estava a base de remédios, e disse que eu ficasse com Deus. Abracei o pai, desejei que Deus estivesse com eles, e saí.
 
Não prestei atenção em nada, não olhei pro bebê e não perguntei nada. Não era isso que tinha ido fazer lá, eu fui lá compartilhar um sentimento de mãe, que só mãe que perde um filho sabe o que é isso.
 
Quando saí, minha família estava me esperando na porta, todos chorando e me condenando porque eu tinha ido fazer isso. Eu fiz o que meu coração mandou. Eu precisava fazer isso.
 
Chorei um pouco sentada na rua, até que me acalmei. Aí era hora de buscar o Amaral no trabalho, meu pai foi comigo pra eu não ir sozinha. Voltamos no velório e então contei pra ele o que eu tinha feito. Ele não criticou, nem apoio, apenas me abraçou e fez uma expressão de pesar. Voltamos no velório do tio do meu pai pra ficar só mais um pouquinho e ir pra casa, pois já tinha passado emoção de mais naquela noite.
 
Só que daí meu pai e chamou e vi que ele estava com pessoas que eu não conhecia, pensei que fossem parentes que ele ia me apresentar, já que velório é propício à isto. Quando fui até ele, ele disse que aqueles eram amigos dos pais da bebê que estava sendo velanda e que a menina tinha morrido por causa de Hérnia Diafragmática. Nossa.... quando ouvi aquilo meu chão se abriu. Parece que estava revivendo tudo de novo. Não tinha vivenciado tão de perto um novo caso de sofrimento com HDC.
 
Desmoronei chorando, me revoltei e só sabia dizer que essa doença é uma praga e que isso não pode ficar assim, sempre morrendo bebezinhos e as mães ficando desamparadas. Veio então minha mãe e o Amaral e me acalmaram, até que pude então falar direito com aquelas pessoas.
 
Eles me contaram sobre o caso da menina Sofia, que só foi descoberta a HDC depois do nascimento, e que ela tinha sido transferida pra um hospital público de POA , tinha vivido por 13 dias e nem chegou a fazer a cirurgia. Conversamos, conversamos, falei dos blogs, do grupo de HDC no face e os amigos dos pais da Sofia se interessaram em manter contato comigo e com o Amaral para que talvez a gente possa ajuda-los. Com certeza, no que depender de mim, farei o possível. Descobrimos que moramos na mesma cidade, bem perto por sinal, e que temos outras “coincidências” como o fato de ter sido o primeiro bebê e de sermos espíritas.
 
No final da madrugada, quando vim pra casa, fiquei pensando que talvez aquele comentário “desnecessário” da prima do meu pai, tenha servido como uma porta para minha aproximação com esses pais. Pois jamais podia imaginar que quando falei praquela mãezinha que eu já havia passado por isso, que fosse tão igual ao que ela estava vivendo.
 
Não sei o nome desses pais, fiquei com contato através dos amigos deles, que me pareceram ser pessoas cheias de boas intenções em ajuda-los e fazer o bem. Tomara que um dia eu possa conversar com essa mãe e realmente possa passar algo de bom a ela. Já que numa situação inusitada, Deus fez cruzar os nossos caminhos.
 
Sofri com tudo isso. Foram emoções fortes em apenas uma noite, mas hoje fiquei repousando e recarregando as energias pra esse baby que está aqui dentro, afinal, ele(a), é meu foco principal agora, e não posso deixar nada atrapalhar o bom andamento de tudo.
 
Daqui há pouco estou indo na minha consulta, mostrar o último exame pro meu obstetra e planejar os próximos passos. Logo volto com notícias.





sábado, 6 de outubro de 2012

Sensação melhor não há

E então... chegou dia de fazer ecografia.
 
Nossa que ansiedade que dá esperar a cada dia de fazer exames. É uma curiosidade de saber se está tudo bem, de poder ver o quanto o bebê evoluiu... fazer eco é ficar mais próxima do bebê. Se eu pudesse eu comprava um aparelho de ultrassom pra ficar em casa vendo o bebê o tempo todo hehehe.
 
O meu médico me solicitou uma Ecografia Obstétrica de Rastreamento Cromossômico de 1º trimestre. O nome é um pouco assustador, mas pedi pra ele me explicar o que era isso e ele me disse que habitualmente, nesta etapa da gestação, todas as grávidas fazem eco de translucência nucal, que identificam a possibilidade de síndrome de down, mas como eu já tive um histórico de perda gestacional e HDC, ele queria um exame mais detalhado. Então ele pediu o rastreamento cromossômico que além da síndrome de down, identifica outras duas: patau e edward, ambas incompatíveis com a vida.
 
Eu estava tão curiosa pra ver o bebê, que nem sequer me passou pela cabeça a possibilidade de ser identificado algum problema. Até eu me espantei de mim mesma. Está sendo tão diferente das outras vezes, que desta vez parece que o medo não faz parte da nossa vida. Coisa maravilhosa isso.
 
Então lá fomos nós fazer o exame, todos felizes e faceiros e só na hora de dar entrada no guichê que foram me avisar que aquele exame não tinha cobertura pelo meu plano. O que??? Nossa, fiquei louca, querendo entender o que estava acontecendo. Foi tanta confusão quem nem merece ser comentado aqui no blog. Por fim, não consegui realizar o exame pela Unimed e tive que desembolsar. Fiquei muito indignada, na hora não queria pagar, queria brigar pra que o plano cobrisse, fico louca com essas coisas, mas pensando no bem do bebê e na importância desse exame, arcamos com um valor que não tínhamos disponível. Tudo pelo bebê.
 
Mas por fim, fizemos o exame e foi uma alegria poder aquele serzinho de mexendo dentro de mim, chutando, batendo perninhas, mexendo os bracinhos e colocando a mãozinha na boca. Tão pequeninho, apenas 6,5 cm mas com uma vitalidade... Coisa mais fofa. E mesmo não estando encucada com o que poderia dar de resultado, foi um alívio quando a médica disse que estava tudo bem, dentro da normalidade. Ela disse que o bebê está em perfeito estado e muito saudável pelo que se pode ver até o momento.
 
Falamos pra ela sobre a HDC, então ela fez um exame mais detalhado, identificou o posicionamento dos órgãos internos e constatou que pulmões, coração e estômago estão perfeitos em seus devidos lugares. Isso me deixou mais aliviada ainda. Ela nos explicou que isso não quer dizer que não tenha HDC, pois em muitos casos a herniação só ocorre no final, dependendo do tamanho da hérnia, mas que até o momento, tudo estava perfeito.
 
Há sensação melhor do que essa? Eu desconheço.
 
Perguntamos pra médica se era possível identificar o sexo, e ela nos explicou que com 12 semanas os órgãos já estão formados, mas muitas vezes, ainda não estão aparentes. Mesmo assim ela tentou e tinha um situação favorável, pois o baby estava de pernas aberta e o cordão umbilical não atrapalhava. Ela olhou, olhou e disse: “não vejo nada no meio das pernas”. Aí perguntei pra ela se era menina e ela disse de novo, com um ar risonho “por enquanto é só o que eu posso dizer: não vejo nada no meio das pernas”.
 
Fiquei com a sensação de que ela deixou uma afirmação no ar, mas como ela mesma disse, não tem como afirmar agora. Então o negócio é esperar mais um mês pra então confirmar. Tomara que dê pra ver né....
 
Independente do que seja, o fato de estar em perfeita saúde é o que mais me deixa feliz. Ver que o bebê que estou gerando está crescendo saudável, não tem preço.
 
Gravamos o exame, e em casa fiz um condensado das principais imagens, onde dá pra ver direitinho as mãozinhas, pezinhos, narizinho, além dos muitos chutes e mexidas... Não vejo a hora de sentir mexer.