No post anterior eu contei da função que foi a tosa do Tião e esse assunto deu muito o que fala, mas tudo não “havia” passado de um susto, só que 5 dias depois... outro susto. Cheguei do trabalho, fui brincar um pouquinho com ele e percebi que ele estava com uma machinha vermelha no lombo, em cima do pescoço. Fui olhar o que era e entrei em pânico. A gravatinha que colocaram nele estava tão apertada que estava cortando o pescoço. Imediatamente cortei a fita que prendia a gravata e me apavorei mais ainda.... a gravata ficou colada na parte de baixo do pescoço, porque o corte estava tão profundo, que a fita tava colada na carne. Que pavor!!! Tirei tudo muito rápido, chamei o Amaral e ele me ajudou a colocar um spray cicatrizante e antisséptico que sempre tenho em casa, tendo em vista que chow chow seguidamente tem alergias por causa do pelo. Limpei o machucado e fui na farmácia comprar remédio pra ele. Que desespero, o machucado era tão grande, e estava tão feio que eu não tava mais nem querendo ir pra praia no final de semana pra não deixar ele sozinho. Liguei pra pet que fez a tosa pra reclamar e contar o que tinha acontecido, eles pediram mil desculpas e ofereceram a medicação pra que eu aplicasse no Tião. Nem fui lá buscar, a final, eu já tinha comprado tudo que precisava. Enfim, mais um susto.... mas graças a Deus ficou tudo bem. Todos os dias aplicamos a medicação, limpamos o ferimento e dou remédio evitando inflamação e infecção.... Tadinho, essa tosa deu o que falar....
Mas fora esse susto, estamos com “gente” nova na família: adotamos uma beagle. Desde que a “namorada” do Tião perdeu a cria (contei aqui sobre isso), eu estava com vontade de adotar um cachorrinho. Como eu e o Amaral trabalhamos o dia todo, o Tião fica muito sozinho então a noite ele exige muito da nossa atenção, e nem sempre estamos disponíveis, então pensamos que seria bom ele ter uma companhia, mesmo que não fosse da mesma raça.
Quando minha colega voltou de férias no início do ano, ela chegou contando que a cachorra dela havia dado cria e que ela precisava achar quem quisesse adotar. Na mesma hora liguei pro Amaral e perguntei o que ele achava da idéia. Mesmo que ele não concordasse, eu ia convencer ele hehehehe. Pronto, estava decidido, um dos filhotes seria nosso. Preferi uma cadelinha pra não correr o risco do Tião brigar por espaço. Estava então só esperando os cachorrinhos desmamarem pra poder pegar ela.
Uma vez eu comentei que, assim como minha amiga Débie, eu gostaria de ter uma cachorra com o nome de Judite, mas essa beagle não tem porte pra ter um nome forte desses, então pensei em colocar o nome dela de Natalina, já que ela nasceu no dia do Natal, só que um dia, logo depois que decidimos adotá-la, sonhei com um primo meu que há muito não vejo, e que eu sabia que estava na fila da adoção há anos. No sonho ele me dizia que finalmente ele e a esposa haviam conseguido adotar e me falava da filha dele dizendo que era o máximo adotar, que era uma realização e tanto, e quando ele foi me mostrar sua filha, na verdade era um botão de rosa. Então ele me disse “adotar é uma ato tão bonito, que não precisa ser só adoção de bebê, podemos adotar, uma flor, um animalzinho, qualquer coisa... dando amor é o que importa”, me lembro ainda de ele ter me dito que o nome a filha dele era Rosa, Rosa Bandeira (nosso sobrenome). Achei tão linda a mensagem que ele me assou que fiquei com isso na cabeça.
Na noite seguinte, acordei de madruga ouvindo (na minha cabeça) alguém dizer “a Rosane vem vindo”, então lembrei que há algum tempo uma amiga me disse que tinha sonhado que eu teria uma filha e que ela se chamaria Rosane. Fui pesquisar na internet e Rosane significa “Rosa Graciosa”. Comecei a ligar os fatos (adoção, amor, filha, rosa, Rosane...) e decidi então que chamaria a cachorrinha de Rosa. Rosa Natalina é o nome dela hahahaha. É muita criatividade pra escolher nome de cachorro hehehe...
Então na última segunda-feira trouxe a Rosa pra casa. Fui no mercado e comprei tudo que precisava: tapetinho, potinhos pra comida, ração, fraldinha, brinquedinhos, ossinhos pra roer... tudo pra entreter um filhote, mas nada disso foi suficiente pra fazer ela não chorar de noite. Ela berrou a madrugada inteira e só se acalmava quando eu levantava e pegava ela no colo, dava uma embaladinha e fazia ela dormir (tal e qual um bebê).
No dia seguinte, cheguei cedo e fui brincar um pouco com ela, naquela madrugada ela já chorou menos, e aí foi a vez do Amaral levantar pra acalmar ela. Só que de manhã, perto da hora de eu ir trabalhar, achei estranho que eu não estava mais ouvindo o choro dela, e minha vizinha me ligou dizendo que a Rosa tinha caído da sacada e estava no pátio dos fundos. Meu Deus, dei um salto da cama e fui correndo atrás dela. Nosso pátio dos fundos é bem mais abaixo em relação ao pátio da frente, vendo nossa casa da frente, ela está na altura da rua, mas nos fundos é como se a casa fosse de 2 andares, te até uma área grande qué é como uma sacada, tipo uns 2 ou 3 metros acima do chão. E a danada da Rosa se enfiou num frestinha minúscula e cai lá pra baixo.
Desci e procurei ela por tudo, e como ainda tem restos de obra no pátio era difícil enchergar, achei que ela tivesse fugido, porque nos fundos não temos muro e é divisa com um sítio. Então comecei a chamar por ela e ouvi ao longe os choramingos. A safada atravessou a cerca do lado e foi parar no pátio da outra vizinha. A sorte é que os cachorros da vizinha estavam no pátio da frente, senão teriam engolido ela. Minha nossa, dois dias em casa e já tá dando trabalho... bem que dizem que beagle são uns pestinhas mesmo... ainda bem que ela não se machucou.
Terceira noite e eu acabada de não conseguir dormir por causa do choro dela e preocupada se ela não cairia de novo, então resolvi então arriscar outra coisa: colocar ela pra dormir no pátio da frente com o Tião. Coloquei então um telinha no portão pra evitar que a danadinha fugisse, arrumei as coisinhas dela num cantinho e falei bem séria com os dois (Tião e Rosa): “olha aqui ó, Rosa, não é pra tu chorar e nem fugir, e tu Tião, é pra cuidar dela e não machucar”. Parece até que eles entenderam, porque dormiram a noite inteirinha num silêncio, e eu pude dormir também. Ahhh que alívio...
Percebi que o Tião tem um pouco de ciúmes dela, quando ela chega perto dele ele foge, ela corre atrás pra brincar com ele e ele não dá bola, quando eu chego em casa ele vem saracoteando pro meu lado, aí brinco com ele, e depois vou nela um pouquinho, aí ele vira de costas pra mim, como se estivesse me desdenhando. Acho que tenho que dar um tempo até ele se acostumar com ela.
To amando essa vida de cachorreira. Nunca gostei muito de cachorros, era eles num canto e eu no outro, mas depois da vinda do Tião pra nossa vida, tudo mudou. E agora com a Rosa, tenho aquele sentimento de casa cheia. Adoro ficar parada olhando eles correndo pelo pátio e ela correndo pra incomodar o Tião... acho tudo o máximo.
Segue algumas fotinhos da nova integrante da família...
Essa é a Rosa, carinha de coitadinha, característica de begle
Dormindo com sua Mônica e o trapinho com cheiro da mamãe
Aqui, a família completa, e o Tião tentando fugir da foto
(dá pra ver em baixo da mão do Amaral a mancha azul do remédio que estamos colocando nele, ainda bem que não dá pra ver o machucado, porque é muito feio)