terça-feira, 24 de janeiro de 2012

As aventuras de Sebastião

No post de hoje vou falar mais uma vez de um dos anjos da minha vida: o meu cachorro.

Com todo o calor que tem feito, não dá pra ele ficar peludão. Chow chow sofre no verão... Normalmente pago R$ 45 reais pela tosa, mas liguei pro lugar de sempre e não estavam atendendo, então liguei pra clínica veterinária onde sempre levo ele pra perguntar quanto custava. Me atendeu uma senhora, beeeeem atrapalhada, que falou vários palavrões e dizia o tempo todo que odiava computador, que ela era nova na clínica e não sabia direito ver as coisas. Aí lá pelas tantas ela me disse que a tosa era R$ 40. Beleza, mais barato que na pet, era lá mesmo que ia mandar ele. Passei meu endereço e os dados já estavam no sistema. Só que antes de eu confirmar, essa senhora me disse que estava enganada, que na verdade a tosa era R$ 80... Ahhh não, quase o dobro do que eu pagava.... Não mesmo. Disse pra ela que eu estava cancelando e que não precisariam busca-lo.

Insisti mais um pouco ligando pra pet até que me atenderam. Ótimo, agendei pra buscarem ele lá em casa no sábado às 10 da manhã. Perfeito.

Sábado, estávamos num soninho gostoso quando bateram palmas lá na frente de casa. O Amaral saltou da cama rápido, abriu a janela e era um rapaz que tinha ido buscar o Tião pra tosa. Pensei, nossa, que tão antes que eles vieram... masquei pras 10 e chegaram 9:15. Tudo bem, o Amaral entregou o Tião, avisou que era tosa completa, até o rabo e voltou pra cama pra ficarmos deitados mais um pouco. Não deu nem 10 minutos e ligaram lá pra casa, era o veterinário da clínica dizendo que haviam chegado com o Tião mas que tosa completa não era R$ 80, era R$ 90. Aí eu me dei conta..... o Amaral entregou o Tião pra tosa errada.... mas ele não tinha culpa, como ia saber?????

Falei então pro veterinário que eu não confirmei a tosa na clínica, que eu havia ligado só pra saber preço e que tinha cancelado, e que eles foram buscar o cachorro mas não era pra ter ido. O médico, pra minha surpresa foi extremamente ignorante comigo. Disse que estava agendado pra ele e que se estava lá é porque eu não tinha cancelado. Disse que tudo bem, ele não faria a tosa, mas que eu teria que pagar os R$ 10 da tele entrega. Eu disse que não pagaria, pois foi um erro da clínica. Que não era correto eles me cobrarem por um erro da atendente dele. O médico então me botou a boca, me xingou, disse que que se eu não pagasse os R$ 10 reais ele não devolveria o meu cachorro, disse que eu devia ter ligado pro lugar errado porque na clínica dele não há erros desse tipo. Ahhhh não.... perdi a compostura e botei a boca nele de volta. Onde já se viu, falar comigo daquele jeito sendo que quem fez errado foi a secretária da clínica. Eu disse que estava saindo de casa naquele momento e estava indo na clínica buscar o meu cachorro e ele insistiu que não devolveria se eu não pagasse os R$ 10. Não era pelo valor que eu estava brigando, era pela falta de educação dele. Nem morta eu ia pagar. Já estava pronta pra fazer um escândalo, mas não ia pagar mesmo.....

Quando estou vestindo minha roupa pra sair e buscar o Tião, batem palmas lá na frente de casa e era o rapaz da pet vindo buscar o Tião pra tosa verdadeira.... Ai meu Deus, e agora??? O cara tava ali e eu não tinha cachorro pra entregar. Expliquei a situação pra ele e pedi se ele podia esperar um pouco. Ele disse que não tinha problema nenhum, que esperava o tempo que precisasse. Nesse meio tempo tocou meu telefone de novo e era o veterinário mal educado ligando e dizendo que realmente “poderia” ter havido um engano, pois eles estavam com uma funcionária em treinamento naquela semana e ela poderia ter se enganado. Ahhh eu surtei.... como assim “pode ter havido um engano?” Falei pra ele que de fato HOUVE um engano e que eu estava muito decepcionada com a forma com que ele tratou as coisas. Afinal, o Tião é paciente dele desde que nasceu, e por conta disso, recomendei os cachorros do meu pai pra ele também. Sei que desabafei toda a minha insatisfação e ele ficou ali do outro lado cheio de arrogância dizendo que mandaria entregar o Tião de volta.

Ok, passado o stress inicial, nos restou ficar esperando o Tião chegar pra entregar pro rapaz da pet. Passou quase 30 minutos e nada, eu estava nervosa, mas tentava não demonstrar, pois estava vendo que o Amaral estava apavorado. Pedi pro rapaz de pet ir embora, e quando o Tião chegasse, eu o levaria pra pet. Não ia ficar segurando o cara ali em casa sem saber por quanto tempo.....

Quando o rapaz foi embora, fui falar com o Amaral, e ele tava soltando fogo pelas ventas, brabo de um jeito que eu nunca vi. Ele olhava pra mim e dizia: “já pensou se eles fazem alguma coisa com o Tião?”, “já pensou se eles dão um veneno e matam ele?”... Nossa, ele tava tão apavorado, que quando o Tião chegou, ele nem foi falar com o motorista da carrocinha, foi direto conferir se o Tião não tinha nenhuma marca no corpo. Que alívio.... tava tudo em ordem. Falei pro motorista da carrocinha que era pra ele avisar o veterinário pra excluir o nosso cadastro da clínica, pois lá meus cachorros nunca mais vão.

Levamos então o Tião pra pet correta, deixamos com o rapaz que ia fazer a tosa e reparei no carinho com que ele o tratava. Depois, quando o Tião voltou, chegou perfumado, com gravatinha e tudo. Aí parei pra pensar no perigo que corremos... entregamos nosso cachorro pra um desconhecido, que levou ele e não tínhamos certeza pra onde ele estava indo. Podia nem ser da clínica... E se tivesse sido um charlatão que tivesse aproveitando uma situação??? Como eu podia ter certeza que o meu cachorro não estava sendo roubado, ou então que seria machucado??? Porque se esse veterinário falou comigo daquele jeito, estando totalmente sem razão, do que será que ele é capaz????

O Tião é parte da nossa família, como se fosse nosso filho. Fiquei comparando situações e imaginei como se fosse com o pediatra de um filho que eu estivesse falando. Depois que tudo passou e a adrenalina baixou é que nos demos conta que podia ter acontecido várias coisas e que a partir de agora precisamos cuidar pra quem vamos confiar a vida dos nossos bichinhos. Toda vez que levei o Tião naquele veterinário, sempre acompanhei a consulta e sei que ele nunca o fez mal, mas vai saber o que ele pode fazer???? Sei que lá ele não vai mais. E que agora, depois desse susto, vamos cuidar mais pra quem estamos entregando quando ele vai pra banho e tosa.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Hora de seguir adiante

Ontem foi um dia especial pra mim. Fui na minha consulta com o psicólogo e programamos a minha alta. 

Minha próxima consulta será daqui 15 dias, depois passa a um intervalo de 3 semanas, depois 4 até que deixo a terapia de vez. Assim como um dependente de remédios, é preciso fazer o desligamento aos poucos, pra não ter crise de abstinência hehehe.

Em julho de 2011 quando procurei auxílio psicológico, meu estado emocional estava tão frágil que sequer eu conseguia discernir as coisas. Hoje, passados 6 meses, muitas vezes me pego pensando “como eu pude agir daquela  forma?”. 

Conversando com o Amaral ontem de noite, falamos sobre o fim da minha terapia e pedi que ele me desse sua opinião sobre minha evolução neste período. Eu já tinha opinião sobre mim mesma, mas era preciso ouvir de mais alguém e ninguém melhor do que a pessoa que vive comigo. E para minha feliz surpresa, a visão dele é exatamente igual a minha. 

Neste período, percebi que eu me tornei uma outra pessoa. Uma pessoa melhor, não melhor do que ninguém, mas melhor que eu mesma já fui. Os acontecimentos dos últimos tempos mudaram de mais a minha vida e a terapia ajudou a me colocar no eixo e me orientar. Quando cheguei lá, eu estava surtada e sem rumo, e hoje tenho plena consciência dos fatos, e percebi que a terapia, que tinha como objetivo trabalhar as perdas, ajudou a trabalhar outros aspectos da minha personalidade também.

Tenho ainda muito que melhorar, que evoluir, mas isso é fato na vida de todo mundo. Todos temos que estar em constante evolução, porém agora vou sair da “barra da saia” da terapia e vou tocar a minha vida “sozinha”.

Esse é um momento de liberdade, de independência, como se a partir de agora eu esteja me tornando responsável por colocar em prática tudo o que eu aprendi. Auto análise, auto controle... Orai e vigiai. Essa será minha rotina daqui pra frente. Vigiar meus pensamentos, minhas atitudes, meu comportamento e principalmente minhas palavras. A partir de agora, a minha vida é minha e devo seguir nela com tudo que aprendi.

Neste período, fiz uma escolha importante. Escolhi ter Deus junto de mim, e encontrei Deus através da doutrina espírita. Como pretendo ter Deus cada vez mais perto, ontem iniciei oficialmente os estudos doutrinários. Estou participando das aulas do intensivo de verão que o Boa Nova proporciona a quem tem interesse de conhecer melhor a doutrina espírita. A primeira aula não foi tão interessante, nada do que eu já não conhecia, mas estou certa de que aprenderei muito e usarei os conhecimentos para a minha evolução e para fazer o bem.

Hoje, conversando e descontraindo com meus colegas de trabalho, entramos no assunto de filhos, e percebo que eles ficam cheios de dedos pra falar disso comigo. Mas quando eu expus pra eles como eu me sentia em relação a tudo que tinha acontecido, pude perceber no rosto deles que eles ficaram contentes em me ver bem. Minha colega me abraçou e me disse que estava feliz em me ver falando assim.

Em certo momento, quando estava falando de um momento marcante, algumas lágrimas rolaram dos meus olhos, mas foram lágrimas de emoção. Talvez até de emoção por estar falando no assunto e não estar sofrendo, pois hoje isso é um fato superado. Consigo conversar, pensar e lembrar de tudo que aconteceu sem entrar em sofrimento, sem lamentar. Consigo pensar e planejar o futuro sem sentir medo. Mas o que me deixa mais contente é de saber que eu não perdi a esperança, e que agora, mais do que nunca, eu acredito e confio em Deus e sei que tudo que Ele quer, vai dar certo. Afinal, o que não me mata, me fortalece.

Não estou planejando engravidar este ano, pelo menos não pensei nisso ainda. Não é porque eu não esteja preparada ou que eu não esteja em condições, é apenas porque pretendo retomar outros projetos, outros objetivos da minha vida que ficaram em standby.  Mas como disse, não estou planejando, mas se for da vontade de Deus.... que assim seja. 

sábado, 14 de janeiro de 2012

História de livro

Outro dia eu comentei no blog que faria um post sobre algumas situações que aconteceram no final do ano passado e finalmente consegui um tempinho pra escrever.

Com a chegada do final do ano, stress foi aumentando, as lembranças tinham um peso enorme e algumas coisas se tornaram insustentáveis. Com a reforma da nossa casa, nossa situação financeira ficou bem (muito) crítica, e isso começou a me incomodar. Ver as coisas por fazer, a casa inacabada e não ter dinheiro pra seguir adiante me incomoda(va) muito. Como não sou de ficar esperando as coisas acontecerem, passava o tempo todo pensando em como podia fazer pra conseguir o dinheiro que precisávamos. Já o Amaral, é totalmente diferente, não se estressa com nada, tem uma paciêeeeencia, não tem pressa pra nada, e pra ele se desse pra terminar a obra tava bom, se não desse, fazer oque?, esperar..... Isso me enlouquecia, não aceitava que as coisas fossem assim, se tem que fazer, tem que faze e pronto. Então com todo o stress e a pressão que eu sentia, acabamos fazendo uma coisa que nunca fizemos: discutir. Vira e mexe estávamos discutindo, se exaltando, brigando e chorando. Meu Deus, que período que não gosto nem de me lembrar....

As brigas e discuções começaram a ser constantes, junto a isso, o Amaral resolveu não me acompanhar mais no centro espírita e isso me deixava insegura. Coisa minha, mas pra mim era importante ele me acompanhar, mas ele simplesmente disse que não queria mais ir porque não se sentia bem lá. Tudo bem eu não ia obrigar, mas fiquei triste. Segui indo sozinha e rezando pela nossa paz, pedindo que Deus me desse calma e sabedoria para lidar com essa situação toda. Mas não estava adiantando muito, o stress tava grande e o Amaral começou a mudar comigo. Começou a ser mais ríspido, autoritário, ficou de um jeito que ele nunca foi. Aquilo era tudo muito estranho, parecia que ele era outra pessoa. Eu não reconhecia mais o meu marido e quando conversávamos ele negava que estivesse diferente. Ele sempre foi muito preocupado comigo e naquela época ele não tava nem aí se eu estava bem ou mal.

As minhas terapias semanais passaram a ter essas discuções como assunto, e meu psicólogo, que também é espírita, sugeriu que isso pudesse ser um processo obsessivo e me pediu pra buscar auxílio no centro espírita. Sinceramente não estava levando fé, até porque o Amaral sempre foi uma pessoa calma, de muuuuita paciência e sempre tive ele como um ser iluminado, que não sai do eixo nunca, mas resolvi ouvir meu psicólogo.

Fui no Boa Nova num dia de orientação e conversei com a Dona Gilda. Expliquei tudo o que estava acontecendo e ela sem titubear disse: vocês estão sofrendo um processo obsessivo. Fiquei meio chocada com aquilo, era tão estranho de ouvir isso. A Dona Gilda então agendou um dia para que fosse feita uma pesquisa cármica comigo. A pesquisa cármica, como o próprio nome já diz, é uma seção espírita onde se busca tratar pendências de outras vidas, problemas que não foram resolvidos, ou seja, os nossos carmas. Não sabia bem como isso funcionava, mas no dia marcado eu estava lá.

Fui então encaminhada para uma sala pequena, onde tinha uma mesa e vários médiuns sentados à volta. Pediram que eu ficasse apenas em oração, mentalizando o que eu fui ali buscar. Iniciou a seção e um espírito logo se manifestou.  Ele falava com um tom muito brabo, revoltado e dizia “meu problema não é com ela, é com ele. Se ela soubesse ia me agradecer o favor que eu tô fazendo a ela. Eu não vou descansar enquanto não conseguir o que eu quero, ele me paga, isso não vai ficar assim”.  Fiquei tão assustada com aquilo, porque depois disso, ficou claro pra mim que havia um espírito obsessor com o Amaral. 

A seção seguiu, outros espíritos se manifestaram, uns falaram coisas boas, outros deixaram mensagens de reflexão, outros eu não entendia o que diziam e outros se manifestavam através de desenhos, mas aquele espírito revoltado estava irredutível, e dizia o tempo todo que não deixaria assim. Os médiuns que estavam coordenando a seção conversavam com ele e pediam que ele desistisse de vingança, que nos deixasse seguir nosso caminho e que buscasse pra si o caminho de luz e paz. O espírito disse que ia pensar no assunto, mas que não estava satisfeito com isso, que ele queria mesmo era recuperar o que era dele. 

A seção durou uns 15 minutos, pediram que eu saísse e que no dia seguinte eu retornasse para uma reunião onde me dariam o resultado dessa pesquisa. Pediram também que eu procurasse não pensar no que tinha acontecido ali, não ficasse alimentando pensamentos e tentando descobrir o que tudo aquilo significava. Todo o material da pesquisa seria encaminhado para o pessoal especializado que faria a leitura e interpretação de tudo. 

Ok, voltei a minha rotina e mais tarde fui pra casa. O clima entre eu e o Amaral não estava dos melhores naquela semana, mas naquele dia, assim que eu cheguei em casa ele veio conversar comigo. Naquela conversa sim ele era o Amaral que eu conhecia: carinhoso, amável, preocupado em fazer a gente se acertar e principalmente, preocupado se eu estava me sentindo bem. Reconheceu que estava sendo grosseiro comigo nos últimos dias e também reconheceu que não fazia isso de propósito e que nem sequer entendia porque estava me tratando daquela maneira se aquele não era o jeito normal dele. O clima entre nós foi aliviando e finalmente nos entendemos, aceitamos as diferenças que temos  e respeitamos isso como sempre foi. Finalmente a paz parecia retornar pra nossa vida.

No dia seguinte, fui ao Boa Nova pra buscar o resultado da pesquisa cármica e conforme iam me passando a leitura, eu ia me vendo nas páginas de um livro.... Fui levada para uma salinha e apenas uma das médiuns me acompanhou. Ela levou um junto uma pasta que tinha uma espécie de dossiê de vidas passadas. Eram muitas folhas, com desenhos e mensagens psicografadas que os médiuns tinham recebido durante aquele trabalho. Ela me explicou que depois que eu saí da seção, o trabalho continuou por mais tempo só entre os médiuns e os espíritos. Então ela começou a me mostrar o material e me dar a interpretação da pesquisa. 

Apareceram em várias folhas, desenhos de 3 fogueiras, e isso significava que naquela seção foram trabalhados e queimados carmas de 3 vidas passadas.

Havia também alguns desenhos de corações machucados e casais separados por flechas e isso significava o momento que estávamos vivendo, que houve uma turbulência no casamento, mas também apareciam flechas apontadas para baixo, que significavam que isso já estava passando.

Um dos desenhos mostrava uma índia acima de várias pessoas e essas pessoas estavam de ponta cabeça, através disso foi identificado que em uma das minhas vidas passadas eu fui uma líder indígena, mas que por ser tão controladora eu coloquei minha tribo de “cabeça pra baixo” enlouquecendo a vida de todo mundo.

Tinham várias mensagens escritas que jogavam palavras soltas que algumas que me lembro diziam: controladora, apressada, agitada, impulsiva...

Foi feito também um desenho em que aparecia um casal, um menino, uma menina e um bebê circulado. Ela me perguntou se eu tinha passado por um aborto. Respondi que sim, e depois que contei a história toda, ela ficou em dúvida se aquele bebê significava a gestação interrompida ou o João Pedro, mas independente disso, tinha criança a caminho.

Tinham também desenhos que significavam renovação através de flores nascendo, mãos brotando do chão que significava que haviam muitos amigos espirituais querendo me ajudar e que inclusive deixaram a mensagem que eu deveria desenvolver rapidamente minha mediunidade pois precisavam da minha ajuda no campo da saúde e emocional.

E por fim ela me disse que aquele espírito revoltado era um relacionamento meu de outras vidas, que não aceitava o fato de eu estar vivendo bem com o Amaral nesta vida. A revolta dele era que em outra vida o Amaral me tirou dele e ele sofreu muito e por isso queria infernizar a nossa vida, obsediando o Amaral para que começássemos a brigar e acabássemos nos separando e ele pudesse me levar com ele me induzindo a cometer suicídio. Ela me explicou que isso só aconteceu agora, porque com tudo que se passou na nossa vida nos últimos tempos, acabamos nos colocando no nível de vibração dos seres menos evoluídos, ou seja, nos colocando no mesmo nível deste espírito revoltado e abrimos espaço pra que ele se aproximasse e causasse todo o estrago que vinha fazendo.

Quando ela me falou isso, fiquei impressionada, porque era realmente isso que estava acontecendo, mas ao mesmo tempo que concordei com isso, pareceu que eu estava vivendo a história de um livro psicografado, desses romances da Zibia Gasparetto, que parecem fictícios. Impressionante. Se não tivesse acontecendo comigo, acho que eu não acreditaria se alguém me contasse.

A senhora que estava me passando a leitura da pesquisa me disse que foi muito difícil fazer com que esse espírito aceitasse a situação atual, mas que enfim ele concordou em dar uma trégua mas que assim que ele percebesse que eu estava precisando, ele voltaria pra me ajudar (do jeito dele né), ou seja, se eu me colocar novamente no padrão energético dele, ele vai ter abertura pra chegar perto de nós de novo e me induzir ao suicídio pra que eu possa ficar junto dele.

Por causa dessa obsessão, esse espírito não conseguiu evoluir e permanece nas regiões inferiores e não aceita ajuda porque ele tem desejo de vingança. Meu Deus.... achei que isso era só em livro e filme.... Jamais imaginava viver uma história dessas.

Enfim... o tal espírito aceitou nos deixar em paz e “coincidentemente”, no mesmo dia, tudo mudou na nossa vida. Além disso, ficou como um alerta pra mim essa questão de ser controladora, que é uma característica que eu carrego de outras vidas, e que já me causou problemas no passado. Tenho a consciência de que preciso mudar isso, mas a prova de que é difícil, é que isso me acompanha por vidas, mas estou disposta a fazer um esforço (já estou fazendo), pelo meu bem e das pessoas que convivem comigo.

Outra coisa que aprendi, e aí entra o “autocontrole”, que é diferente de ser controladora, é que preciso conseguir me manter sempre num nível de energia positiva. Já sei que se eu baixar a guarda, este espírito apaixonado (hehe) pode se aproximar e acabar me prejudicando, tão grande é a obsessão dele.

Tudo aquilo que eu lia nos livros, via nos filmes e que tinha dúvidas se era realmente assim, aconteceu comigo. Realmente, em outros tempos, se alguém me contasse, eu não acreditaria. Cada vez mais reforço a minha crença no espiritismo, pois no último ano tive experiências suficientes pra decidir se acredito ou não. Como sou muito realista, e usava muito o jargão “só acredito vendo”, e acho que isso tudo aconteceu pra me provar que posso acreditar. Prefiro não ver nada... apenas sentir já o suficiente.