sábado, 24 de setembro de 2011

Ele sempre está presente


Hoje é sábado, estamos no meio de uma bagunça da obra, o Amaral está pintando o lugar onde essa noite passará a ser o nosso quarto, mas mesmo assim sobrou um tempinho pra receber uma visitinha: Minha amiga Fabi e a sua filhinha Camila, que é nossa afilhada.

A Camila vai fazer 4 anos mês que vem, mas de vez em quando ela me sai com umas de adulto.

Outro dia a Fabi me contou que estavam no quarto e a Camila disse “ai mãe, que saudade do João Pedro”, e a Fabi se espantou com isso e perguntou “qual filha, o da escolhinha?” e a Camila respondeu “não mãe, o João Pedro da minha dinda”. Aí a Fabi disse que se emocionou, pois não imagina como a Camila pode sentir saudade de alguém que ela nem conheceu. Ela é só uma criança e não entende direito o que aconteceu, mas mesmo assim sente saudade.

A Fabi disse que conversou com ela na ocasião e explicou que hoje ele morava no céu. Aí a Camila disse que se ele tivesse ali, ela ia querer brincar com ele, ela pulava na cama dizia que era assim que ela ia fazer. A Fabi explicou que daquele jeito que ela tava fazendo não daria, porque ele era pequeninho, então a Camila diminuía a intensidade dos movimentos e perguntava “e assim pode mãe?”. A Fabi disse que a Camila fazia uma bagunça em cima da cama, imitando como ela faria com o João Pedro. Quando ela me contou isso, não pude deixar de me emocionar.

Hoje, quando elas chegaram aqui em casa, o único lugar possível de sentarmos para conversar era em cima da cama, visto que o resto está tudo bagunçado. E assim que entramos no quarto a Camila já perguntou se podia tirar o sapato e ficar em cima da cama. Claro, que podia. Ela ficou deitadinha por um tempo e logo foi no ouvido da Fabi e perguntou se podia pular, e a Fabi não queria deixar, mas eu disse que podia. Não me importo e nunca me importei com isso. Acho mesmo que criança tem que fazer bagunça. Eu adorava pular na cama da minha avó e ficava triste quando ela não deixava. Então na casa da dinda pode tudo...

A Camila começou a pular e ficava eufórica. Logo estávamos todos bagunçando no quarto. De vez em quando o Amaral largava a pintura e vinha bagunçar na cama com a gente. Virou uma farra. A gente rolava, pulava, fazia cosquinha, e ouvir as gargalhadas da Camila era o melhor som que eu podia ouvir. Uma hora, quando parei pra descansar, me lembrei do que a Fabi havia me contado, e me bateu uma nostalgia, pensando que o João Pedro poderia estar ali brincando com a gente. Estávamos fazendo exatamente aquilo que  Camila disse que queria fazer com ele.

Dei um jeito de disfarçar, pra não entristecer, a final, estávamos aproveitando um momento tão feliz com a nossa afilhada....

Depois de uma tempo as duas foram embora e eu e o Amaral seguimos na nossa bagunça. Lá pelas tantas a Fabi me liga pra me contar mais uma da dona Camila. A Fabi disse que chegaram em casa e ela deu um banho na Camila e quando estava penteando os cabelinhos dela, a Camila olhou pro céu e atirou um beijinho. A Fabi perguntou pra quem ela tava manando beijo e ela disse “Mãe, mandei um beijo pro papai do céu e pro João Pedro”. Nossa, enquanto a Fabi ia falando eu ia me arrepiando e não segurei as lágrimas.

Como não pensar que ele não estava aproveitando aquele momento de alegria com agente??? Vai saber se aquele beijinho que a Camila jogou, não era o “tchau” que ela estava dando? A crianças são muito sensitivas e percebem mais fácil as vibrações do plano astral.

Querida... A Camila é um anjinho como ele, e mesmo sem ter podido conhecer, ela sente carinho por ele. Já postei no blog do João Pedro uma vez, logo que tudo aconteceu, eu dei de presente pra ela uma mola-maluca, e quando eu entreguei ela me disse “sabia dinda que eu tenho um primo que também brinca com isso? só que ele mora lá no céu”. A gente sempre dizia que ensinaria os dois a se chamar de primos. E quando eu estava grávida e minha barriga mexia, eu dizia pra Camila que o priminho dela estava se mexendo. Como duvidar da relação espiritual desses dois??? São dois anjinhos especiais.

Depois que a Fabi me falou isso, desliguei o telefone e entrei no quarto. Liguei a TV e estava dando o Caldeirão, e a prova do Lata Velha era cantar a música Pais e Filhos do Legião. Amo essa música, e nesse momento emotivo, a letra dela me pegou...

A começar pelo nome da música Pais e Filhos (mesmo nome da revista em que saiu a reportagem do João Pedro)
“Meu filho vai ter, nome de santo... quero no nome mais bonito” (São JOÃO / São PEDRO)

Pra quem é descrente, tudo isso é apenas coincidência. Mas para quem é espírita, isso são sinais... sinais de que quando há amor, os laços não se rompem nunca...

“É preciso amar, as pessoas como se não houvesse amanhã. Porque se você parar pra pensar, na verdade não há.”

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