domingo, 11 de setembro de 2011

Finalmente nossa casa definitiva


Quando eu e o Amaral decidimos nos casar, só tínhamos certeza de uma coisa quanto onde iríamos morar: não moraríamos nem na minha mãe, nem na minha sogra. Sou da opinião que quem casa, quer sua casa, de preferência longe de casa hehehe.

Tanto meus pais, quanto os pais do Amaral nos ofereceram um cantinho pra gente construir uma casinha, mas não era isso que nós queríamos. Mesmo sendo nossos pais, eu ia me sentir como se tivesse morando de favor, ia sentir como se nada fosse nosso, fora que não daria o devido valor, pois não teríamos “conquistado” nosso canto. Além dos conflitos, que era melhor evitar....

Começamos então a pensar nas opções que tínhamos. Poderíamos morar numa casa maiorzinha, talvez com instalações mais confortáveis, e pagar aluguel, ou poderíamos comprar, financiando, claro, um lugar pequeno, sem grande infraestrutura, mas que um dia seria nosso.

Avaliamos os prós e contras e optamos pela segunda opção. Então seguimos em busca do nosso cantinho. Só que nossa renda não era grandes coisas, então não conseguiríamos um bom valor de financiamento e tivemos que ir reduzindo nossas opções.

Cotamos com muitas imobiliárias, visitamos muitas casas, lidamos com vários pilantras que por sorte percebemos isso antes, até que apareceu uma luz no fim do túnel. Encontramos o corretor Ismael, da imobiliária Saft de Sapucaia e ele nos ajudou do início ao fim. Não o conhecíamos, mas ele se mostrou tão correto desde o início e tivemos que confiar nele ou ficaríamos sem ter onde morar, pois não entendíamos nada dos trâmites imobiliários.

O Ismael nos levou pra ver um apartamento na Cohab. Confesso que eu não estava muito contente com isso, pois lá tem a fama de ser um bairro boca braba, de concentração de marginais. Porém não era nada disso. O ap estava em péssimas condições, mas adoramos o condomínio e a localização e então no dia em que completamos um ano de namoro, assinamos o contrato de compra. Nossa... quanta felicidade. O sonho de termos o nosso cantinho estava se realizando. Mas sabíamos que isso era só o início e seria provisório.

Fizemos uma mega reforma e ficou com a nossa cara. Todo mundo dizia que parecia casinha de boneca. Nossa previsão era ficar no ap uns 5 anos, e quando resolvêssemos ter filhos, compraríamos uma casa maior. Só que a restrição de espaço estava me incomodando. Sou espaçosa, gosto de tomar meu chimarrão sentadinha bem descansada, adoramos receber nossos amigos e num apartamento de 33m² não tínhamos essa liberdade. Fora que comecei a me incomodar com o barulho do andar de cima e dividir o espaço do carro com as crianças correndo e tocando pedra não me agradava nem um pouquinho. Então depois de 2 anos, lá fomos nós atrás do Ismael de novo pra trocarmos o ap por uma casa.

Encontramos o que seria a casa perfeita: estava em construção, na planta, poderíamos personalizar algumas coisas e o melhor, era no bairro onde eu e o Amaral nascemos e fomos criados, pertinho de tudo. Demos nosso ap de entrada e lá fomos nós financiar outra vez.

A construção da casa demorou 8 meses. Era um sobrado, com pátio pequeno mas individual. Tinha gramadinho nos fundos e até churrasqueira. Era um sonho. Trocamos um ap de 33m² por um sobrado de 70m², o dobro, e claro que sobrou espaço. Dava pra fazer um baile na sala hehehe.

Como adoro arte, fiz textura nas paredes, trabalhei a decoração com cores lindas, fiz tudo ficar do nosso jeitinho e como tínhamos um pouquinho de pátio, pegamos até um cachorro, o Tião, meu chowchow lindo. Foi uma diferença enorme mudar do ap pro sobrado, inclusive porque fizemos novos amigos. Mas sabíamos que ainda assim, essa não era a casa definitiva.

Só que felicidade de pobre dura pouco e a casa dos sonhos começou a apresentar problemas estruturais em apenas 2 meses. Foram vários problemas: parede rachando, degraus da escada empenando, muro quebrando, aberturas entortando... um horror.

Procuramos a imobiliária, que se colocou a nossa total disposição, porém a construtora tirou o corpo fora. Foram meses de incomodação, muito discuti com o dono da construtora até um dia dar um corridão nele e pedir pra ele nunca mais aparecer na minha frente. Se o Amaral não tivesse me segurado, acho que eu tinha voado no pescoço daquele cara. Não gosto nem de me lembrar. ...urgh...

Enfim, pra não nos deixar mal, a imobiliária arcou com parte das correções e nós com o restante. Só que depois disso eu anojei. Não tinha mais gosto nem prazer em ficar naquela casa. A casa que parecia um sonho virou um pesadelo: a rua era barulhenta, tinham dois vizinhos caminhoneiros que todos os dias às 5 da manhã ligavam o caminhão e deixavam aquecendo, era insuportável o barulho e o cheiro da fumaça. Tinha uma praga de um guri que chegava de madrugada sempre com o som do carro ligado a toda altura, acordando todo mundo, sem contar que no domingo de tarde ele ficava com a sua moto de motocross trilhando de um lado pro outro na nossa calçada. Não dava mais pra aguentar, simplesmente não dava.

O Tião cresceu e o pátio ficou pequeno pra ele, e aí veio a gravidez do João Pedro e ter um filho morando ali naquele lugar não ia dar certo. Todo mundo falava mal da Cohab, mas ali eu me senti muito mais no meio de uma vila do que lá. Tomada a decisão, lá fomos nós atrás do Ismael de novo. Já não éramos mais apenas clientes, viramos amigos e qualquer negociação com ele, era totalmente confiável.

Dessa vez demorou um pouco mais, precisávamos primeiro vender nossa casa pra depois comprar outra. Só que encontramos a casa que queríamos muito rápido: no mesmo bairro (na rua de trás), 90 m² de construção e o melhor de tudo... 440m² de pátio, praticamente um sítio hehehe.

Foi muita ansiedade, eu tinha um medo de aparecer outro comprador pra essa casa antes de vendermos a nossa. Fizemos até promoção e o Ismael se puxou pra vender a nossa, até que chegou um comprador muito interessado, pechinchou um pouco mas negociamos muito fácil e ele aceitou. No dia seguinte já assinamos a papelada de compra e venda e uma semana depois já estávamos assinando a compra da outra. Essa negociação da venda do nosso sobrado rendeu muita incomodação, mas isso é assunto pra outro momento, que espero em breve postar aqui no mesmo dia que soltarei foguetes. Aguardem notícias sobre esse assunto.

Enfim, em setembro de 2010 vendemos nossa casa, compramos a outra e tínhamos 90 dias pra fazer a mudança. Só que deu tanta enrolação, tanto stress, que nossa mudança saiu só em maio de 2011, uma semana antes do casamento, em meio à descoberta de que teria que fazer uma curetagem... Nossa, foi muuuuito turbulento.

Mas a tão esperada mudança para a casa nova aconteceu. Não como esperávamos, pois queríamos poder reformar antes, mas infelizmente não deu. Fizemos a mudança de carro, como era só uma rua, nem contratamos caminhão e fomos levando aos poucos. Apareceram tantos amigos pra ajudar que em menos de 2 horas a mudança tava feita. Parecia até que estávamos fugindo, pois a mudança foi a jato e de noite hehehehe.

Bom, começou aí um longo período de alojamento. Como teríamos que reformar a casa, nem tirei tudo das caixas, os móveis ficaram atravessados no meio do caminho e tudo tá empilhado, só o que que arrumamos foi o quarto e a cozinha.

Pra poder iniciar a reforma, precisava da liberação da escritura, e deeeeemorooooou... 3 longos meses esperando a liberação e morando alojados, até que finalmente saiu. No outro dia já saímos pra comprar o material e acertar o início da obra com o pedreiro.

Nossa, a minha alegria foi tanta quando o material começou a chegar... carregamos tijolos a tarde toda e eu nem reclamei. O Amaral trabalhou como um cavalo de madeireira carregando coisas pra dentro do pátio e nem sentiu dor, tanta era a nossa felicidade em poder começar nossa obra.

Essa semana o tempo colaborou, e os pedreiros fizeram o serviço render, mas como sempre tem que ter alguma coisinha pra atrapalhar, no primeiro dia da obra o chefe dos pedreiros quebrou o dedo do pé.... PQP, que azar.... mas ele não se apegou nisso, tá vindo fiscalizar a obra mesmo assim hehehe.

Nem no final de semana eles param, e como nesse findi estaríamos em casa, o Amaral resolveu assar uma carne pra recompensar o trabalho e o envolvimento de todo mundo.

Não vejo a hora da reforma acabar, eu poder colocar minhas coisas no lugar e finalmente poder trazer aqui em casa todo mundo que eu devo um cafezinho hehehe.

Abaixo algumas fotinhos da nossa função. Espero em breve poder colocar fotos com imagens lindas.

No dia da mudança: tudo ensacado

Amaral carregando as tralhas (detalhe pra bagunça)
 


Preparando a primeira refeição na casa nova

 Miojo com ovo...


O dia que chegou o material para a obra

carregando o material


Primeiro churrasco, já na obra iniciada

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