Boas notícias... uhuuu

Boa tarde amigos leitores do blog, cá estou eu trazendo notícias do resultado dos meus exames....

Finalmente chegou o dia de reafazer a eco. Eu confesso que mesmo estando confiante, eu tinha um certo medo. Mesmo não tendo mais nada de sangramento, esperar quase 15 dias pra ver se estava tudo bem me angustiava. Tudo bem, o médico disse que não era pra me preocupar, mas qual mãe ficaria 100% tranquila nessa situação? Ainda mais já tendo passado por duas experiências tão dolorosas...

Nos dias que antecederam o exame, algumas vezes eu fiquei muito triste, com vontade de chorar, e em outra vezes eu desabei e chorei mesmo. Me dava um aperto no peito de pensar que tudo pudesse acontecer de novo.  A única coisa que estava ao meu alcance era rezar e pedir pra que Deus me desse a oportunidade de gerar uma vida e dar chance à reencarnação de um ser.

Chegou então o momento do exame. Na sala de expera comecei a ficar ansiosa e sentir falta de ar. Acredito que tudo era psicológico, natural da pressão que estava sentindo. O exame atrasou meia hora e quando chamaram meu nome dei um pulo na cadeira e me fui pra sala. O Amaral como sempre estava com aquela calma que lhe é caracterítica e uma paz no olhar que acabou me acalmando tabém. Logo chegou a médica que ia realizar o exame e me perguntou de quantas semanas eu estava. Respondi a ela que pela DUM eu estava fechando 9 semanas naquele dia, e então ela disse "bom, se estiver tudo certinho, o bebê deve estar medindo uns 2,5 cm." Ouvir aquele "se tiver tudo certinho" já me deu um frio na espinha.

Então ela colocou a sonda e eu de cara já saí procurando por batimento cardíacos, mas não estava enxergando. Começou a me dar uma angústia, a médica não falava nada e ficava só fuçando, até que ela parou a sonda e então eu pude ver algo piscando na tela e a médica disse "tá vendo aqui? é o coraçãozinho batendo". Nossa, quanta alegria. Tudo o que eu queria era ter certeza que tinha mais um coração batendo dentro de mim. A médica mediu o embião e foi batata: 2,5 cm. Me impressionei com a precisão dela, que acertou mesmo antes de medir. Isso era um bom sinal, sinal de que realmente "estava tudo certinho".

Foi um alívio saber que estava tudo bem, e a médica começou a fazer perguntas sobre nossa vida e chagamos no assunto HDC. Ela então nos contou que fez um estágio na Austrália justamente atuando no núcleo de HDC e nos disse que mesmo nos lugares onde existem os melhores recursos, ainda assim HDC é uma incógnita. Os índices de mortalidade são altíssimos ou então a maioria dos bebês sobreviventes ficam com sequelas. Falou também que a cirurgia intraútero nao é garantia de sucesso. Nossa, fiquei tão triste de saber que nem mesmo nos lugares de mais alto padrão da medicina, ainda não existem recursos satisfatórios pra essa coisa que é a HDC. Ela ainda nos disse que não devíamos encucar com isso, pois as chances disso repetir com a gente eram muito pequenas. Bom, bola pra frente né, nada de ficar com pensamentos negativos nas tristezas que já vivemos.

A médica fuçou mais um pouquinho e com esse tempinho a mais, ganhamos o presente de ver o bebê se mexendo. Gente, isso não tem explicação, aquele toquinho, do tamanho de uma azeitona, se chacoalhando lá dentro de mim, parecia que tava dançando... duas bolinhas (cabeça e corpo), pois ainda são só brotos dos braços e pernas. Muita emoção, ver que naquele pedacinho de sei lá o que, tem uma vida pulsando.

Quando a médica terminou o exame e nos deixou sozinhos na sala, o Amaral imediatamente levantou da cadeira, me abraçou e choramos juntos. Um choro de felicidade que não tem tamanho. Parece que deixei 200kg naquele lugar, tirei um peso de cima de mim e fiquei bem mais leve. Quanta alegria, finalmente tudo estava se encaixando. Mas eu ainda precisava aguardar o que meu médico me diria na consulta à tarde.

Saímos da clínica e estava perto do almoço, então como a Débie e o Rafa estavam em POA para consulta da Cecília no início da tarde (aquem ainda não os conhece, clique aqui), fomos almoçar juntos no shoping Total. Tão bom rever os amigos, mesmo que bem rapidinho.... A Cecília está linda e enorme... dá pra entender quando a Débie lamenta o fato de ela estar deixando de ser um bebê.... Débie, você me deve a foto que tiramos no shopping viu....

Depois do almoço, passei no meu trabalho pra contar a novidade. Como eu estou em casa, de repouso, o pessoal ainda não tinha me visto depois da notícia da gravidez. Nossa, fiquei tão feliz de receber o apoio e o carinho dos meu colegas. Todos, sem exceção, estavam muito felizes com tudo e já estavam até fazendo um bolão pra apostar se é menino ou menina. Nossa  esse apoio no trabalho é fundamental pra mim. Na gravidez do João Pedro não tive um chefe amigo como tenho agora e sei que posso contar com ele pra o que precisar. Realmente isso faz toda a diferença na minha estabilidade emocional e segurança. Não tenho palavras pra agradecer o carinho de todos da minha equipe e demais colegas de trabalho.

Bom, contar pro restante da família sobre o resultado do exame também foi bem legal. Todo mundo ficou aliviado de saber que está tudo bem.

A tarde, fui no consultório do meu médico pra mostrar o exame pra ele e saber os próximos passos. Ele ficou bem contente com o resultado do exame e me tranquilizou muito. Me explicou que com a segunda eco poderia então ter certeza e dar um diagnóstico mais seguro do que havia acontecido. Ele pôde afirmar que não foi nada de origem genética nem de abortamento expontâneo. Como na gestação a mulher aumenta o volume sanguíneo e há uma maior circulação, o que aconteceu foi o rompimento de um vasinho do útero que causou todo aquele sangramento e formou um hematoma subcoriônico. Esse hematoma sim, se aumentasse, podera ser prejudcial pro embrião e então causar um aborto. Por isso o repouso.

Ele me pediu então que eu continue de repouso, se possível até completar as 12 semanas, que é o período crítico da gestação. Tendo em vista meu histórico, e a tensão emocional que tudo isso gera, ele acha melhor repousar por precaução. Então, como meu bebê é a prioridade da minha vida, fico eu mais um tempinho de repouso. Faltam só 3 semanas, é pouco tempo.

Sei que estou muito feliz em saber que tudo está indo bem e isso me dá mil ideias pra pensar adiante: decoração do quartinho, chá de bebê, roupinhas, nomes... Ah e falando em nomes, pra pode escolher o nome temos que saber primeiro o que é. Você acha que é o que?

Assim como meus colegas do trabalho, que fizeram um bolão, aposte você também. Criei no facebook uma enquete pra ver o que a maioria acha que é. Aceito também sugestão de nomes....

Um beijo a todos e obrigada por compartilharem da minha minha felicidade.

 

Segue uma fotinho da minha "azeitoninha"
(com identificação pra quem não consegue decifrar a eco hehehe)