Já postei aqui no blog sobre os sintomas que eu tive no início da
gestação. Tudo aquilo que as literaturas apresentavam como “é possível sentir”
eu de fato sentia. Tive muito, mas muito enjoo e vômito, dores de ciático, hemorroidas,
sangramento no nariz.... tudo gradativamente acompanhando a evolução da
gravidez. Mas preciso confessar que nada disso foi nem parecido com o que está
sendo esse final de gestação.
Na gravidez do João Pedro eu tive alguns dos sintomas do início, mas
como estive por bastante tempo com risco de aborto, não prestava tanta atenção
nos sintomas, mas sim nos cuidados que eu precisava. Depois, quando se
aproximava do fim, descobrimos a HDC que tomou todas as nossas atenções e o
único desconforto físico que eu lembro de ter sentido era azia. E como a
gravidez foi só até 33 semanas e meia, não sei o que de fato é um final de
gestação.
Hoje, na gravidez da Lívia, já estamos com 35 semanas. Tudo corre bem,
dentro da mais pura normalidade. Até o risco de parto prematuro já não é mais
considerado extremo. Preciso manter o repouso, mas se nascer agora é considerada
uma gravidez praticamente a termo.
Então com toda essa normalidade e com o tempo livre que tenho tido em
casa, acabo ficando mais atenta a qualquer coisa que sinto, seja uma dor, uma
coceira, um espirro... Mas eu afirmo com todas as letras: NÃO IMAGINAVA QUE FOSSE
TÃÃÃÃOOO DIFÍCIL.
Mesmo no auge da minha obesidade mórbida, quando eu tinha 125kg eu não
se sentia tão pesada como agora. Engordei só 10kg, que até não é muito, mas
tenho a sensação que engordei 100. Me sinto enorme, pernas pesadas, mãos
balofas e até meu rosto parece estar tomando outra forma. Nos dias de calorão
então... fico toda inchada. Pra levantar a perna na manicure, preciso ajudar
com as mãos pois sozinha não vai.
Não tenho mais posição pra sentar, deitar... Se estou sentada e jogo o
corpo pra frente, ela me chuta sem parar. Deve ter pouco espaço e assim aperto
ela. Lógico que ela vai reclamar... Se deito de lado é a mesma coisa.
Dependendo da posição que ela tá, ela empurra as pernas até eu virar, aí quando
viro, ela dá soquinhos até eu virar de novo. De barriga pra cima é impossível,
pois não consigo respirar. O negócio é ficar atirada, esparramada no sofá.
Mas o problema mesmo tem sido à noite. Dormir se tornou uma tarefa
praticamente impossível. Já estou no ritmo pra depois que ela nascer.
Além de toda essa função de vira e revira na cama pra não apertar ela,
meus quadris estão bem mais largos do que já eram, e como fico muito de lado,
eles doem pra caramba. Chego a sentir as molas do colchão apertando os culotes.
Não bastasse isso, tem a função do levantar pra ir ao banheiro durante a madrugada.
Normalmente vou de duas a três vezes por noite, ou seja, a cada 2 ou 3 horas eu
acordo, me desperto e quem diz que consigo dormir logo em seguida??? Pior é que
acabo acordando o Amaral também, porque ele sempre se assusta quando eu levanto
e acorda quando eu me viro. Concluindo: estamos virados em dois zumbis, de tão
cansados e com olheiras.
Como eu estou em casa, algumas raras vezes consigo dormir uma soneca a
tarde e acabo recarregando um pouco, mas o coitado do Amaral tem que trabalhar,
então tá acabado.
Mas ficar em casa também me deixa acabada. O corpo parado parece que
atrofia e contribui pra aumentarem as dores musculares. No fim, eu não sei o
que é mais dolorido, me mexer ou ficar parada hehehe.
Mas mesmo com todos esses inconvenientes, o fato de estar sentindo
tudo isso me dá tanto prazer... Só de saber que isso tudo é porque estou
carregando nossa princesinha aqui dentro, e que tudo isso está acontecendo
porque a gravidez está seguindo completamente normal e ela está perfeitamente
saudável... nossa, isso é muito gratificante.
Na minha última consulta o dr até liberou o uso de um calmante
natural, pra diminuir a ansiedade e ajudar a dormir melhor, mas ainda não está
fazendo muito efeito hehehe. Eu falei pra ele que eu não queria reclamar tanto
de todos esses incômodos e ele riu dizendo que eu tinha todo direito de
reclamar e completou: “quem foi que disse que gravidez é algo confortável?”
Realmente ele não vai saber nunca como é uma gravidez na prática, mas agradeço
o fato dele ser compreensivo e não me criticar, como aquela outra maldita
obstetra do tempo do JP fazia. Não gosto nem de lembrar...
Mas enfim... estou vivendo um momento tão especial mas que tem dois
lados, o bom e o digamos, “menos bom”.
E você amiga, que já viveu a experiência da gravidez, compartilhe nos
comentários como foi o seu final de gestação.
Abraço e logo trago notícias.
Oi!
ResponderExcluirCheguei ao teu blog porque meu marido é amigo de infância do Dirceu, namorado da Bruna Hoffmann. Quando a conheci, lá pelas 18 semanas de gestação, ela me comentou de ti, que estava com o mesmo tempo de gestação que eu, e desde lá às vezes passo pelo teu Facebook para ver como as coisas andam, afinal, não tenho nenhuma amiga que esteja passando pelo mesmo que eu.
O mais interessante é que com 29 semanas eu também fui diagnosticada com o colo do útero "modificado", e desde então estou em casa, de repouso. É a minha primeira gestação. Completo 35 semanas exatamente hoje. Meu médico disse que a situação do colo está estável, por isso eu descuidei um pouco do repouso - coisa que não deveria ter feito, porque tudo me cansa muito.
Também espero uma menina, e ela se chama Anita. É pequenina, o percentil dela está sempre em 25, mas a gestação corre sem contratempos. Na última eco que fiz, quando estava com 33 semanas, ela pesava aproximadamente 1,800kg. Eu fico me perguntando como suportam tanto peso as mulheres que carregam bebezões. A minha é pequena e eu me sinto extremamente cansada. Ainda tenho conseguido dormir relativamente bem. Mas, realmente, não é fácil levantar a todo instante para fazer xixi e morrer de azia a cada movimento noturno.
Não tive enjôos em fase nenhuma. Sinto, agora, dores nas costas quando faço coisas simples, como lavar louça. Tenho que tomar banho me segurando, pois parece que peso 200 quilos, embora tenha engordado 12, o que o meu médico disse que está bom. Se por alguma razão tenho que me abaixar, parece que tenho um elefante nas costas na hora de levantar.
O repouso não me incomoda mais. No início sofri de tédio, mas agora prefiro assim. Seria muito sacrificante sair todos os dias para trabalhar nessas alturas.
Costumo dizer que o que mais senti na gravidez foi calor, sono, azia e fome, nessa ordem. Sofri MUITO com o calor, nunca imaginei que pudesse ser tão terrível.
Fora todos os incômodos, começo a ficar com medo do porvir, do parto, do pós-parto, da volta pra casa, da rotina... mas acho que é normal, e tento não me prender nisso.
Sei que apesar de todas as dificuldades que virão, das quais não poderemos escapar, tudo isso vai fazer nossa vida muito melhor.
Beijos!
Josie... que legal ver vc por aqui.
ResponderExcluirAcompanho sua gravidez pela Bruna, e fico impressionada de como estamos bem parecidas. A diferença é que o percentil da minha Lívia sempre está em 50 - 75%. Com 30 semanas ela já estava com 1,9Kg, acredito que seja pq eu e meu marido somos grandes.
Menina, vc não devia descuidar do repouso, ainda mais se ela é pequena. Quanto mais tempo ela ficar aí dentro, melhor.
Vu te adicionar no face, assim a gente troca experiências, até mesmo no depois.
Um beijo pra vc e boa sorte
Meninas, tbm senti tudo isso na minha gravidez! Confesso que tirando a cumplicidade mãe e bebê, achei o restante da gravidez horrivel... mas tudo passou no exato momento que ela nasceu. Tudo mesmo!
ResponderExcluirSem falar que nasceu ali uma disposição incrivel para cuidar da minha pequena, me sentia como se fosse o meu décimo filho e não a primeira... kkk
Claro, que com o tempo surgem algumas inseguraças e medos, coisa de mãe... kkk... mas é maravilhoso a transformação que passamos na hora do parto.
Desejo à vcs um bom final de gestação, tranquilo e cheio de saúde.
Bjss, Gisa