sexta-feira, 19 de julho de 2013

1º mês - Reconhecimento

Não é novidade pra ninguém que quando temos um bebê, nosso tempo passa a ser totalmente dedicado a ele. Aqui em casa não foi diferente. 99,9% do meu tempo é totalmente voltado à Lívia e os 0,01% restante, quando não estou fazendo algo por mim, estou pensando nela.


Por conta dessa total dedicação, logicamente o blog ficou em standby, e não consegui contar aqui tudo que eu gostaria. Então vou tentar fazer posts resumidos de como foram esses meses de reconhecimento, adaptação, surpresas e frustração.


O post de hoje é sobre o 1º mês, o mês do reconhecimento. Pois foi exatamente isso que aconteceu, nós três (mãe, pai e bebê) nos reconhecemos como família e principalmente eu e o Amaral nos reconhecendo no nosso novo papel de mãe e pai.


Ficamos apenas dois dias no hospital e a ida para casa foi cheia de emoção. Já na saída do quarto do hospital eu comecei a chorar e assim foi até entrar em casa. Afinal, a outra vez que entrei no Moinhos para ter meu bebê saí de lá sem ele, e desta vez poder levar minha filha nos braços era um grande presente de Deus.


Tive alta bem tarde e chegamos em casa quase meia noite. Sozinhos em casa, essa primeira noite foi bem atrapalhada. A Lívia dormiu no moises ao meu lado e cada vez que ela tinha que mamar, o Amaral me alcançava ela pra evitar que eu fizesse força. Se alguém estivesse assistindo certamente morreria de rir da nossa atrapalhação. Hoje dou risada, mas no dia eu estava assustada pensando que seria assim pra sempre hehehe.


Como eu fazia questão de da o primeiro banho, no dia seguinte iniciamos a função antes que as visitas começassem a chegar, pois eu não queria ter plateia. Afinal, eu estava nervosa, com medo de errar e queria privacidade naquela hora.  Ficamos então só eu e o Amaral com ela e eu fui fazendo como me ensinaram no cursinho de gestante que fiz qdo estava gravida do JP. Como ainda tinha umbigo, não podia ser banho de imersão, então lavei a cabeça e depois foi banho de gato. Mas eu que não queria plateia fiquei meio sem jeito quando no meio do banho as visitas começaram a chegar. E todas, sem exceção foram pra dentro do quarto assistir o banho. Ainda bem que eu já estava no final e pra minha surpresa, me saí muito bem e me senti muito segura. Não adianta né.... bem que dizem que quando nos tornamos mães aprendemos tudo por instinto.


Primeiro final de semana em casa, logicamente estaríamos de casa cheia, ainda mais que era Páscoa, então não ficamos sozinho nunca. Eu já esperava por isso, pois sabia que todos estavam muito ansiosos pela chegada da nossa princesinha.


É bom receber visitas, a gente fica louca de vontade de mostrar o bebê pra todo mundo, mas é muito cansativo. Muito mesmo. Por mais que todos fossem íntimos, não me sentia a vontade de ir descansar e deixar minha casa cheia. Hoje, sabendo como as coisas são, sei que quando alguma amiga tiver bebê, vou deixar passar um tempo pra ir visitar, porque os primeiros dias o que mais os pais e o bebê precisam é de tranquilidade.
Sempre achei que quando a gente tem um filho, a responsabilidade é toda nossa. Então nada de ficar um tempo na casa da minha mãe como muitas pessoas me perguntaram se eu faria assim. Claro que eu precisaria de ajuda, e por isso minha mãe ficou na minha casa na primeira semana enquanto o Amaral estava no trabalho, mas assim que ele chegava ela ia embora e a noite era tudo com a gente.


Mas como eu fazia questão de eu mesma fazer as coisas pra ela, minha mãe me ajudava com as coisas da casa, recebia as visitas, ficava com ela a tarde pra eu poder dormir um pouco... O resto: trocar fralda, banho, trocar roupas, mamá... era tudo comigo.


Eu sou da opinião que a mãe é quem tem que fazer tudo pelo bebê. Acredito que isso aproxime, crie vínculo, reforça o amor e responsabilidade. Ora, se eu decidi ter um bebê, eu tenho que ser responsável por ele, não é?


Nos primeiros dias tudo era perfeito. Mas aí conforme os dias iam passando, as reservas de energia dela iam diminuindo e cada vez mais ela ia necessitando o peito e aí as coisas começaram a enfeiar.


No post anterior comentei sobre minha dificuldade em amamentar e em como meu leite não a sustentava, então começou a função do choro. Ela chorava muito, se não estivesse no peito, logo estava chorando. Isso começou se tornar exaustivo. Era assim dia e noite e eu e o Amaral estávamos uns cacos de tão cansados. Fora toda a função da dor nos meus seios que comentei no post anterior. As coisas só começaram a se ajeitar com a entrada do complemento de leite em pó.


Sorte que nessa época o Amaral estava num emprego que trabalhava das 14 as 22hs, então podia me ajudar na madrugada sem comprometer tanto o sono.


E assim foi nosso primeiro mês:
- Nós três nos conhecendo, nos entendendo e criando vínculo de família.
- Dias intermináveis com ela ou mamando ou chorando.
- Noites de sono pingado, intercalados pelas mamadas.
- Finais de semana mega cansativos com a casa sempre cheia de visitas até tarde.


Seguem fotinhos do primeiro mês
Primeiro banho.

Papai trocando a primeira fralda

Peladinha pra aguentar o calorão do início de abril

Primeiro banho dado pelo papai

Bolinho de comemoração pelo 1º mês
(faço questão de eu mesma fazer o bolo, mesmo que seja de caixinha hehe)

segunda-feira, 24 de junho de 2013

As dores da amamentação

Saudades do blog... mas tá difícil de conseguir parar pra escrever, e se for pra fazer meia boca, prefiro não fazer.
Hoje a Lívia tá que só dorme. Está com uma crise alérgica, nebulizando e por isso acorda, mama e dorme de novo. Resolve fazer festinha só na madrugada, mas é passageiro (assim espero hehe).
Mas não é sobre isso que eu venho falar hoje. Tem um assunto que eu não quero deixar muito tempo sem desabafar. Vamos lá: AMAMENTAÇÃO...
Nossa, eu sempre tive muito medo de não conseguir amamentar. Primeiro pelo bem que o leite materno faz ao bebê e depois pelo alto custo que é manter uma criança a leite em pó. Então desde sempre eu dizia pra mim mesma: vou fazer de tudo pra amamentar.
Já aos 4 meses de gravidez começou a sair o colostro, então fiquei um pouco mais tranquila, mesmo sabendo que isso não era garantia de fartura. Mas aí a Lívia nasceu e já primeira hora colocaram ela a mamar em mim.
Que momento.... me senti a mulher mais feliz do mundo. Gerar uma criança, trazer ela ao mundo e prover o seu sustento naturalmente é uma coisa que só podia ser de Deus mesmo, de tão sublime que é isso tudo.
Estava radiante que a Lívia mamava bastante e fazia a pega correta. As visitas iam nos ver no hospital e eu me gabava muito por estar conseguindo amamentar. Estava realizada com isso. Toda hora mostrava pro Amaral que os peitos estavam cheios, redondos... chegavam estar lustrosos de tão grandes.  Mal sabia eu o que isso causaria mais na frente.
Tivemos alta na sexta de noite e a primeira noite em casa foi até engraçada (digo isso hoje, porque no dia achei uma atrapalhação). A Lívia passou praticamente a noite inteira mamando e como os médicos orientam à livre demanda, eu deixei ela sugar.
Sábado de tarde eu tava que não aguentava a dor nos bicos dos seios, e então fui apresentada às tais fissuras que a amamentação pode causar.
Fiz tudo que me indicaram: passava um oleosinho que deram no hospital (não lembro o nome), colocava casca e mamão, passei a pomada Massê,  Ceralip e nada, mas nada mesmo fazia parar de doer.
Dar de mamar estava sendo torturante. Cada vez que a Lívia grudava o seio eu gritava de dor que assustava todos que estavam nos visitando. Mas eu não queria desistir. Podia doer o que fosse que eu estava disposta a dar o peito.
Mas no sábado de noite as coisas ficaram muito piores. Além das fissuras, aconteceu o empedramento de leite. Eu produzia tanto leite que ela não dava conta de sugar tudo, então foi empedrando tudo e meus seios ficaram encaroçados e doloridos ao extremo. Estavam quentes, pesados e vermelhos. Ninguém me alertou que eu precisava ir tirando leite com a bombinha. Eu achava que quanto mais tivesse, melhor.
A dor era tanta que tarde da noite meu pai e o Amaral saíram atrás de comparar uma bombinha e minha irmã e minha mãe se grudaram a fazer massagem nos meus seios e eu só tinha condições de chorar. Era cada uma num seio, massageando e apertando pra tentar extrair o leite, mas não saia. Era como se o leite tivesse congelado lá dentro.  Não aguentando mais de tanta dor, fui pro chuveiro e deixei escorrer água quente. Passei os dentes de um pente pra “abrir valetas” nos seios e ainda assim não saia.
Estava no meu limite, só chorava e sentia muita dor, então minha mãe sugeriu que o Amaral fosse pro banho comigo e sugasse meus seios com toda força que pudesse. Nem a bombinha nem a Lívia tinham força pra desempedrar, então constrangedoramente deixei que o Amaral fizesse o que minha mãe sugeriu. Ele sugava com força e quando cuspia, tinha sangue. Claro, os bicos estava rachados.
Foram umas duas horas em função de desempedrar os seios. Dor torturante, mas eu não queria desistir. Aliviou um pouco e eu segui sugando com a bombinha nos intervalos das mamadas pra ajudar a esvaziar. O empedramento resolveu dentro de uns 2 ou 3 dias, mas as fissuras seguiram por bastante tempo. Só consegui aliviar usando as conchas de silicone e pomada bepantol depois de cada mamada.
Conforme passavam os dias, a reserva energética da Lívia ia diminuindo e cada vez mais ela ia sugando. E sugava tão desesperada que fazia a pega errada, e por conta disso, fissurava cada vez mais. Depois que ela grudava, eu não conseguia tirar a boca dela do sei de jeito nenhum, e isso doía muito.
Passei a dar mamá com uma fraldinha na minha boca, pra que os meus gritos não assustassem ela nem os vizinhos. Era desesperador e minha mãe e o Amaral enchiam os olhos de lágrimas cada vez que eu ia dar de mamá.
Já estava acostumada com a dor, mas o tempo das mamadas estava acabando comigo. A Lívia ficava cerca de 1 hora e meia mamando e quando largava o peito chorava o tempo todo. Eu não achava que aquilo fosse normal, então liguei pra pediatra e ela pediu que eu fosse ao consultório. Lá pesamos a Lívia e ela que deveria ter ganho no mínimo 400gr naqueles 20 dias, ganhou apenas 120gr.
Que decepção pra mim. Todo meu esforço não estava sendo suficiente, pois meu leite não a sustentava. Não teve jeito, tivemos que complementar com leite em pó. O assunto do leite em pó ficará para outro post.
Depois de cada mamada no peito, eu tinha que dar um complemento de 30ml de leite em pó. Até fazer a Lívia pegar a mamadeira foi um custo. Tentei no copinho, de colherinha, de seringa e nada, não tinha jeito dela sugar outra coisa que não fosse meu peito, até que finalmente ela aprendeu a sugar a mamadeira e pra minha tranquilidade, começou visivelmente a ganhar peso e espaçar as mamadas.
O grande problema foi que sugando a mamadeira ela desaprendeu a sugar o peito e todas as fissuras que já tinham sido curadas voltaram de novo e lá estava eu com dor, bicos rachados e sangrando. Mas ok, tudo pela amamentação natural.
Na consulta de um mês, a pediatra constatou que a Lívia tinha ganho peso suficiente e poderíamos ir aos poucos tirando o complemento de leite em pó. Ok, fui reduzindo a oferta da mamadeira e proporcionalmente a Lívia foi aumentando o tempo de mamada até que estava novamente levando 1 hora e meia mamando. E o que era pior, aumentou a frequência das mamadas. Era 1 hora e meia mamando, no máximo duas horas de descanso e ela já gritava de fome de novo e lá íamos nós mais 1 hora e meia de mamada. Adivinhem o que aconteceu? Rachou o peito de novo.
Nossa, que terror... Fomos até quase os dois meses dela assim, sofrendo a cada mamada.
Conversei com a pediatra, afinal, sempre ouvi dizer que não existe leite fraco, mas ela me disse que as coisas não são bem assim, e que pode acontecer sim de o leite não ser nutritivo suficiente. Não tem uma explicação lógica para afirmar o por que meu leite não sustenta a Lívia. Eu tomo bastante água (nessa fase da amamentação) e procuro me alimentar bem. Mas essa história de que toda mãe é capaz de produzir leite suficiente pra seu bebê aqui em casa não colou.
Não tivemos escolha e tivemos que partir para o leite em pó em maior quantidade. Segui dando o peito e depois o complemento, mas conforme ela foi crescendo, a demanda foi aumentando e hoje estamos com 150ml de leite em pó a cada 3 horas.
Por conta da facilidade com que o leite sai da mamadeira, nem sempre ela quer mamar no peito. Já conversei com a pediatra sobre tirar de vez o peito, já que não a sustenta. Mas a dra pediu que eu mantenha enquanto puder pelo fator de proteção e imunidade que o leite materno dá ao bebê.
Só por isso ainda estou mantendo, porque é duro ofertar à uma criança um leite que não sustenta. Com o leite do peito e como se ela tomasse água. Enche a barriga mas em seguida fica com fome de novo.
Hoje procuro dar o peito só à noite, pois é um momento em que ela se acalma e consegue dormir melhor. As vezes ela dá duas ou três sugadas e já pega no sono.
Sei que vou ter problemas mais lá na frente, na hora de desmamar de vez, pois vejo que hoje ela é emocionalmente dependente do peito pra dormir bem. As vezes que tento fazê-la dormir sem o peito e um chochorô e ela acorda mais cedo. Mas vou deixar pra resolver esse problema quando for a hora dele, por agora deixa assim.
Enfim... digo com orgulho EU FIZ DE TUDO PRA AMAMENTAR, mas infelizmente não consegui manter só com a amamentação natural. E hoje eu reconheço e tiro o chapéu praquelas mães que conseguem manter um bebê só com leite do peito. Isso não é pra qualquer um.
Para aquelas que estão grávidas ou pensando em engravidar, eu alerto: a amamentação não é esse mar de rosas que a mídia mostra. Tem que ter muita vontade, disposição e força pra aguentar a dor. Mas todo esforço vale a pena. Eu daria minha vida pela minha filha, então ter os bicos dos seios rachados não é nada perto disso.
Se puder amamentar, amamente. Além de ser saudável para o bebê, é um momento único que só a mamãe tem com a criança.
 
E agora seguem umas fotinhos dos nossos momentos...
 
Primeira mamada no hospital

Primeira mamada em casa. Eu com rosto vermelho de tanto chorar de emoção

Tentando dar o complemento de colherinha 

Enganando ela com a seringa

E enfim, com a mamadeira
 
Hoje em dia, tão adaptada que até segura sozinha

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Enfim... Lívia chegou!

Oiii....
Quando comecei a escrever este post, iniciei e voltei atrás várias vezes. Isso por um único motivo: não sei como começar.
Na verdade este post é mais do que especial, porque ele demonstra o exato estado em que me encontro: o estado de não saber mas nada, de não me reconhecer mais, de não tomar mais conta de mim e dos meus pensamentos.
Estou vivendo um transe tão grande, que não sei quando vou voltar ao normal, se é que vou voltar (será que quero voltar a ser como antes???).
Enfim, a Lívia nasceu. De uma gestação de 37 semanas, num parto cesariana, no dia 27 de março de2013, às 22h e 46min, no hospital Moinhos de Vento em Porto Alegre, pesando 3,160Kg e medindo 48,5cm. E junto com o nascimento dela, nasceram outras duas pessoas: a Grayce e o Amaral. Siiiimmmm porque nós renascemos como mãe e pai, renascemos para a vida....
Pensei mil vezes como seria o post de anúncio do nascimento dela, mas não consigo colocar em palavras, muito menos em texto o que foi viver a emoção de ter a minha filha nos braços. Na verdade, não consigo explicar o que estou vivendo nesses últimos dias desde que ela nasceu.
Eu já sabia como era o sentimento de mãe, mas praticar a vida de mãe é algo mais inexplicável ainda. A gente fica meio abobalhada, com a cabeça nas nuvens, os pensamentos no alto, as coisas entram por um ouvido e saem pelo outro. Nada, mas nada nesse mundo importa mais do que estar com ela, ficar olhando praquele rostinho lindo, cheirando aquele pescocinho, mordendo aqueles pesinhos... ui, só de escrever aqui me dá vontade de largar tudo e ir fazer isso agora.
A Lívia já tem quase dois meses, e óbvio que muitas coisas aconteceram nesse período que dariam bons posts pro blog. Gostaria de contar em detalhes como está sendo o nosso dia a dia, mas a correria é tanta que não tenho mais tempo para detalhes.
Talvez com o passar do tempo, e conforme as coisas forem se ajeitando, eu consiga vir aqui compartilhar nossos momentos, nossas dificuldades.... (sim... tivemos e ainda temos dificuldades em alguns aspectos). Talvez eu consiga voltar a escrever com detalhes sobre nossos tropeços e nossos aprendizados, porque estamos nos conhecendo ainda, e estamos aprendendo uma com a outra.
Por hora, o que posso dizer é que de fato a maternidade completa uma mulher, nos torna mais madura, mais segura de algumas coisas e também completamente insegura em relação à outras.
O nascimento da Lívia me transformou em outra pessoa, pessoa essa que eu ainda não sei definir, mas já percebi que aquilo que antes era prioridade, agora não é mais, aquilo que me irritava, já não irrita mais, aquilo que era urgente, pode ficar pra depois. Percebi que estar com ela, por mais cansativo que seja, é a melhor coisa do mundo. Percebi que aqueles olhinhos brilhantes me hipnotizam e me fazem ser sua refém.
Percebi também que é verdade o que eu já imaginava. Que um filho não substitui outro. A Lívia veio para amenizar vazio que existe no meu peito, mas mesmo com ela nos meus braços, a saudade do João Pedro ainda existe, ainda dói. As vezes parece que dói mais agora, quando comparo quando faço por ela o que não pude fazer por ele, mas a felicidade de estar com ela supera a dor e isso me dá combustível pra seguir.
 Enfim... posso ficar aqui escrevendo linhas e mais linhas que nunca vou conseguir definir tudo isso que estou vivendo, então pra finalizar esse post rápido, deixo algumas fotinhos da minha amadinha e, assim que possível, quando o tempo me permitir, volto aqui para compartilhar nossa felicidade com os amigos que nos querem bem.
Um abraço a todos.
O momento mais esperado

Pesagem - 3,160kg

Pezinhos... como eu amooooo

Procedimentos

Primeira mamada... que momento!

Bolinho de comemoração ao primeiro mês

Mamãe incentiva a ser gremista. Será???
Papai não quer...
 
Atualmente... faceirinha no banho de balde

Risonha


 

terça-feira, 26 de março de 2013

Chegando nos finalmentes

Bom gente, com certeza este é o último post antes da Lívia chegar. As coisas aceleraram tanto e tudo está acontecendo pra ontem.

Há 10 semanas fui posta de repouso absoluto por risco de parto prematuro e, conforme o meu médico, se chegássemos às 34 semanas estávamos no lucro. Hoje, cá estamos nós completando 37 semanas, ou seja, prematuridade não existe mais.

Nessas 10 semanas, percebi o quão importante é manter o repouso recomendado. Só por isso conseguimos chegar até aqui, o que considero um sucesso. Fiz tudo que estava ao meu alcance pra tentar trazer a Lívia ao mundo nas melhores condições e isso claro, inclui a escolha do melhor hospital.

Sem sombra de dúvidas que aqui no RS a melhor maternidade é do Hospital Moinhos de Vento, e isso faz com que a procura seja altíssima. Dessa forma, estava praticamente impossível conseguir agendar e conciliar as disponibilidades da equipe médica e do hospital.

Conseguimos agendar pra dia 7 de abril as 16hs, um domingo. Não era o melhor dia e hora, mas era o que tinha. Só que na minha última consulta, o médico disse que bem provável que não chegássemos até lá e que tínhamos que antecipar. Então diante da dificuldade de data, acabamos cedendo à segunda opção: Hospital Mãe de Deus, também muito bem conceituado. Lá conseguimos agenda pra dia 27/03 às 22hs. Tbm não é a melhor coisa, mas era o que dava. 

Só que essa segunda opção durou muito pouco e cancelei assim que soube que lá não permitem a permanência de um acompanhante no quarto à noite. Isso pra mim é essencial. Como vou relaxar, estando sozinha com a Lívia tendo feito cesárea? Jura que vou dormir com ela do meu lado sem ninguém pra cuidar. Tenho medo que roubem ela. Neurose????? Que seja, mas não ia me sentir segura lá naquele hospital.

Com isso, conversei com o médico e assumi o risco de ter que ir pro Moinhos através da urgência. Quem sabe talvez a Lívia até chegasse ao dia 7 de abril??? Então decidi esperar.

Nesse meio tempo, fomos consultar com a pediatra que foi indicada pelas minhas amigas. Não há explicação pra dizer o quanto me senti segura conversando com ela e como eu gostei do seu jeito de lidar com as coisas. Ela já é uma senhora, deve ter seus 60 anos, é mãe, avó, tem a experiência na prática e não só a teoria dos livros. Mesmo sendo uma senhora, as práticas que ela usa não são ultrapassadas, ela me falou sobre técnicas modernas e adaptação do bebê por tentativa e erro. Erro.... nossa, ouvi a médica dizer que poderei errar. Por mais que isso seja descabido, me conforta, pois sei que ela não vai me criticar se em algum momento eu errar.

Enfim, acho que não podia ter médica melhor para o estilo de mãe que acho que vou ser. Acredito que juntas formaremos uma parceria maravilhosa em função da Lívia. Tenho muito mais coisas boas pra falar dela, mas como nosso contato será frequente, vou deixar pra falar disso nos posts futuros. Espero que essa boa impressão não mude depois.

Mas voltando a falar do parto.... não dá pra desfazer o que o médico manda né... Ele tinha antecipado pra dia 27/03 e eu pedi pra cancelar em função do hospital, ok. Mas aí hoje de madrugada, acordei com contrações.

Não eram contrações doídas, mas eram frequentes e estavam acontecendo em média 3 a cada 10 minutos. Pronto, esse foi o parâmetro que o médico me deu pra eu ir pro hospital. Acordei o Amaral, pegamos todas as tralhas e fomos rumo ao Moinhos. Liguei pra minha mãe e minha irmã pra ver se queriam ir junto, pois como meu pai está viajando, caso o parto acontecesse logo, elas não teriam como chegar no hospital depois.

Chegamos no Moinhos e logo me colocaram no monitoramento. As contrações seguiram o mesmo padrão e a médica de plantão garantiu que não era trabalho de parto, disse que eram as contrações de ensaio. Falei pra ela do histórico e ela então resolveu ligar pro meu médico.

Meu médico praticamente implorou pra que me mantessem no hospital em observação, mas a médica disse que não era possível pois não tinha disponibilidade de agenda para cesárea e só poderiam me manter ali se de fato eu estivesse em trabalho de parto. Me senti como se estivesse num hospital público dependendo do SUS. Fiquei muito indignada, mas não havia o que fazer a não ser voltar pra casa e continuar monitorando as contrações.

Chegando em casa, falei com a secretária do meu médico, expliquei o que tinha acontecido e ela então falaria com ele para agilizarem. Não sei o que fizeram, mas reviraram de tudo que foi jeito e conseguiram agendar no Moinhos pra dia 27/03 as 22hs. Não tem como fugir né.... já era o que meu médico tinha agendado, mas pelo menos dessa vez conseguimos no hospital que eu queria. Assim fico mais tranquila, pois sei que estarei bem assessorada e com minha família por perto.

Estou em casa de repouso controlando as contrações. Tomara não apertarem e termos que sair às pressas na madrugada, ainda mais que tem mudança de lua.

Mas se Deus quiser tudo vai correr conforme o planejado e a Lívia vai aguardar quietinha aqui dentro até amanhã de noite, quando enfim poderei segurá-la nos meus braços e concretizar o sonho mais desejado.

Então é isso meus amigos. O blog possivelmente ficará em standby por algum tempo, até que eu esteja habituada com a Lívia e tenha tempo e condições de dar atenção a ele tbm.

Peço que nos desejem sorte e que rezem por nós.

Até breve.



quarta-feira, 13 de março de 2013

Momentos Finais

Oi pessoal...

Já postei aqui no blog sobre os sintomas que eu tive no início da gestação. Tudo aquilo que as literaturas apresentavam como “é possível sentir” eu de fato sentia. Tive muito, mas muito enjoo e vômito, dores de ciático, hemorroidas, sangramento no nariz.... tudo gradativamente acompanhando a evolução da gravidez. Mas preciso confessar que nada disso foi nem parecido com o que está sendo esse final de gestação.

Na gravidez do João Pedro eu tive alguns dos sintomas do início, mas como estive por bastante tempo com risco de aborto, não prestava tanta atenção nos sintomas, mas sim nos cuidados que eu precisava. Depois, quando se aproximava do fim, descobrimos a HDC que tomou todas as nossas atenções e o único desconforto físico que eu lembro de ter sentido era azia. E como a gravidez foi só até 33 semanas e meia, não sei o que de fato é um final de gestação.

Hoje, na gravidez da Lívia, já estamos com 35 semanas. Tudo corre bem, dentro da mais pura normalidade. Até o risco de parto prematuro já não é mais considerado extremo. Preciso manter o repouso, mas se nascer agora é considerada uma gravidez praticamente a termo.

Então com toda essa normalidade e com o tempo livre que tenho tido em casa, acabo ficando mais atenta a qualquer coisa que sinto, seja uma dor, uma coceira, um espirro... Mas eu afirmo com todas as letras: NÃO IMAGINAVA QUE FOSSE TÃÃÃÃOOO DIFÍCIL.

Mesmo no auge da minha obesidade mórbida, quando eu tinha 125kg eu não se sentia tão pesada como agora. Engordei só 10kg, que até não é muito, mas tenho a sensação que engordei 100. Me sinto enorme, pernas pesadas, mãos balofas e até meu rosto parece estar tomando outra forma. Nos dias de calorão então... fico toda inchada. Pra levantar a perna na manicure, preciso ajudar com as mãos pois sozinha não vai.

Não tenho mais posição pra sentar, deitar... Se estou sentada e jogo o corpo pra frente, ela me chuta sem parar. Deve ter pouco espaço e assim aperto ela. Lógico que ela vai reclamar... Se deito de lado é a mesma coisa. Dependendo da posição que ela tá, ela empurra as pernas até eu virar, aí quando viro, ela dá soquinhos até eu virar de novo. De barriga pra cima é impossível, pois não consigo respirar. O negócio é ficar atirada, esparramada no sofá.

Mas o problema mesmo tem sido à noite. Dormir se tornou uma tarefa praticamente impossível. Já estou no ritmo pra depois que ela nascer.

Além de toda essa função de vira e revira na cama pra não apertar ela, meus quadris estão bem mais largos do que já eram, e como fico muito de lado, eles doem pra caramba. Chego a sentir as molas do colchão apertando os culotes. Não bastasse isso, tem a função do levantar pra ir ao banheiro durante a madrugada. Normalmente vou de duas a três vezes por noite, ou seja, a cada 2 ou 3 horas eu acordo, me desperto e quem diz que consigo dormir logo em seguida??? Pior é que acabo acordando o Amaral também, porque ele sempre se assusta quando eu levanto e acorda quando eu me viro. Concluindo: estamos virados em dois zumbis, de tão cansados e com olheiras.

Como eu estou em casa, algumas raras vezes consigo dormir uma soneca a tarde e acabo recarregando um pouco, mas o coitado do Amaral tem que trabalhar, então tá acabado.

Mas ficar em casa também me deixa acabada. O corpo parado parece que atrofia e contribui pra aumentarem as dores musculares. No fim, eu não sei o que é mais dolorido, me mexer ou ficar parada hehehe.

Mas mesmo com todos esses inconvenientes, o fato de estar sentindo tudo isso me dá tanto prazer... Só de saber que isso tudo é porque estou carregando nossa princesinha aqui dentro, e que tudo isso está acontecendo porque a gravidez está seguindo completamente normal e ela está perfeitamente saudável... nossa, isso é muito gratificante.

Na minha última consulta o dr até liberou o uso de um calmante natural, pra diminuir a ansiedade e ajudar a dormir melhor, mas ainda não está fazendo muito efeito hehehe. Eu falei pra ele que eu não queria reclamar tanto de todos esses incômodos e ele riu dizendo que eu tinha todo direito de reclamar e completou: “quem foi que disse que gravidez é algo confortável?” Realmente ele não vai saber nunca como é uma gravidez na prática, mas agradeço o fato dele ser compreensivo e não me criticar, como aquela outra maldita obstetra do tempo do JP fazia. Não gosto nem de lembrar...

Mas enfim... estou vivendo um momento tão especial mas que tem dois lados, o bom e o digamos, “menos bom”.

E você amiga, que já viveu a experiência da gravidez, compartilhe nos comentários como foi o seu final de gestação.

Abraço e logo trago notícias.