terça-feira, 25 de outubro de 2011

Cabeça vazia é a oficina do diabo

Outro dia ouvi uma frase na televisão que é a mais pura verdade... “cabeça vazia é a oficina do diabo”. É forte, mas é verdade. E é por isso não tenho tido muito tempo para escrever pro blog.

Estamos numa época do ano que é muito marcante pra mim. Comentei em outro post sobre o dia do meu aniversário, que recém passou e que é uma época que eu sempre fico pra baixo, aí tem a época que antecede as festas de final de ano que sempre acho triste, e não bastasse isso, agora é a época que começa a fechar um ano de cada etapa que vivemos em função da HDC.

Essa semana fez um ano que essa maldita doença apareceu na nossa vida. Não fosse por isso, talvez hoje tudo fosse diferente. Mas quem pode saber quais são os planos de Deus pras nossas vidas???

Hoje tenho consciência de que tudo isso que passei me fortaleceu e me tornou uma pessoa melhor. Não pelo fato em si, mas pela situação que se criou. Óbvio que eu preferia continuar sendo a pessoa que eu era, e ter meu filho comigo, mas já que não foi isso que Deus quis pra mim, tento tirar algum aprendizado de toda essa história e usar em meu favor.

Muitas pessoas me perguntam como eu consigo superar. A resposta nem eu sei, acho que é porque não tenho saída: ou vivo bem, ou morro também. E confesso que as vezes eu penso que talvez teria sido melhor morrer também. Mas, logo dou um jeito de sair dessa vibração inferior.

E como comentei antes, essa é uma época do ano em que é difícil conseguir me manter alto astral, e pra não deixar minha cabeça se transformar em “oficina do diabo”, me enfiei de cabeça no trabalho. Estou trabalhando tanto, mas tanto, que as vezes me esqueço até de comer, e olha que pra eu deixar de comer, em que se algo muuuuito sério.

Não bastasse o tanto de trabalho que eu tenho no meu emprego, quando chego em casa não tenho descanso. Só troco de roupa e vou trabalhar de “ajudante de construção”. A mão de obra está muito cara, e a essas alturas, já estamos com os cofres arrombados, e como eu não sou de ficar sentada esperando as coisas caírem do céu, eu mesma meto a mão e faço acontecer. Então todos os dias, eu e o Amaral fazemos alguma coisa em casa pra ir adiantando a obra: passamos massa corrida, lixamos, pintamos, aplicamos decorflex... qualquer coisa que possamos ir adiantando e, principalmente, economizando.

O único dia da semana que não abro mão de ter folga é na segunda-feira, que é meu dia de ir no CE Boa Nova, recarregar minhas energias, recobrar meu equilíbrio espiritual e rezar. E pro conta de todo esse envolvimento com o trabalho, com a obra e com o centro espírita, eu não tenho conseguido tempo pra escrever. Posso até demorar, mas deixar de escrever.... não mesmo. Aqui e um complemento da minha terapia....

Esse final de semana tivemos festinha de aniversário de um aninho e foi impossível eu não me abalar. Era aniver do filho do primo do Amaral, o Victor. Um alemão lindo, branquelo, dos olhos azuis. E não é só eu que acho, mas o João Pedro era a cara desse priminho. A boquinha então... meu Deus, idêntica. Boquinha dos Amaral....

Quando chegamos na casa deles e vi o Victor todo arrumadinho pra festa, não pude deixar de imaginar o João Pedro. Fiquei viajando o tempo todo, pensando que se ele estivesse aqui com a gente, logo seria a festinha de um aninho dele. Me imaginei correndo em função de organizar a festinha, que já tinha até decoração escolhida: ia ser tudo do Sherek.  Foi impossível não passar um filme na minha cabeça e durante a festinha vinha na minha memória vários flashes de tudo que aconteceu.

Eu estava me sentindo sufocada, louca pra ir embora. Não que não estivesse gostando da festinha, pelo contrário. Mas todas aquelas lembranças estavam me apertando, eu não estava me sentindo a vontade e claro que eu não podia deixar transparecer que não estava legal e acabar estragando a festinha. Segurei o que deu, só que começou a me dar uma dor de cabeça terrível e foi ficando insuportável, até que não agüentei e pedi pro Amaral pra virmos pra casa. Acho que ele deve ter percebido, pois na mesma hora levantou e viemos. Me senti tão mal, com uma pressão tão grande que no carro eu já apaguei. Vim o caminho todo “meio” desmaiada e quando chegamos em casa eu só lembro de ter pedido um travesseiro e me atirei no sofá da área. Fiquei lá um tempão, e me acordei com o Tião me lambendo.

Na maioria das vezes eu estou bem, não deixo as energias negativas me pegarem. Mas nem sempre consigo.

Sinceramente tenho medo. Medo de como será esse final de ano, ou melhor, medo que como serão todos os meus finais de ano. Parece uma bobagem, porque a dor da perda independe do dia, dói sempre, mas quase sempre consigo administrar. Mas agora que está fechando um ano, aprece que revivo todos aqueles momentos tristes de novo, os pensamentos brotam na minha cabeça de uma hora pra outra. Estou caminhando na rua normalmente e de repente vejo as imagens de quando recebemos a notícia, cenas do velório, do enterro... que coisa horrível. Parece um filme me perseguindo.

Não sei como vai ser... só sei que não quero deixar espaço pra oficina do diabo na minha cabeça, então vou me manter o mais ocupada possível. Por isso já sabem, se eu demorar a escrever, é porque estou me ocupando...

Beijos e até a próxima...

Um comentário:

  1. Frase sábia...

    Bom q tenha com q se ocupar... pq as vezes o ócio é tanto q nem isso conseguimos e aí a cabeça começa a girar...

    Grayce sei q pra ti a pior época esta chegando, mas tu é uma pessoa 100% esclarecida, e assim como veio suportando tdo, vai passar por esses dias de cabeça erguida. Fizeste o melhor por ele, foste uma mae exemplar, mas Deus tem planos pra gente q mtas vezs nao concordamos...

    Lembre-se sempre que a vida da gente é movida por ideais, as vezes tropeçamos, mas os ideais continuam ali, cabe a nós nao desistirmos de busca-lo.

    Fiquem bem e escreva sempre que quiser!

    Beijao

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