sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Um dia de sogra

Bom, eu já falei aqui nos blogs, sobre meu bicho de estimação...
                                                                                       
Quando eu era criança, eu adorava animais, sempre tive gato e cachorro em casa. Tive até uma macaca.... E como minha amiga Débie postou outro dia, eu também sonhava em ter uma cachorra chamada Judite. Mas depois de adulta, me desapeguei, e quando casei nunca pensei em ter bicho em casa. Só que praticamente o nosso cachorro foi jogado no meu colo. Não é que eu não gostasse, eu só não me imaginava no compromisso de cuidar de um bichinho.

Meus pais têm um casal chow chow de cor caramelo (os mais comuns): o Tigrão e a Bel. Meu pai ganhou o Tigrão de um primo dele lá em Criciuma / SC e a Bel, é uma cria do Tigrão com uma cachorra que levaram lá pra ele cobrir. E como no mundo animal não existe incesto, a Bel que é filha, virou também a esposa do Tigrão hehehe...

No primeiro cio da Bel, nasceram 5 filhotes, todos de cor escura e meu pai vendeu todos. Só que no segundo cio, em abril de 2009, aconteceu um fenômeno... nasceram 2 filhotes de cor clara, um branco e um bege. Chow chows de cor clara são raros, branco então, é raríssimo. Meu pai não quis vender o branco, queria deixar na família pra procriar, só que no pátio dele não tinha espaço pra mais um cachorro desse porte, muito menos pra outro macho, já que deixar eles juntos, é briga na certa.

Então minha mãe nem me perguntou, chegou e disse que o branquinho seria meu. Ah não.... eu não queria ter cachorro, é um compromisso que eu não estava afim de assumir. Ter que cuidar água e comida, banho, tosa, pelos... ah isso definitivamente não era pra mim. E se era pra eu ter e não cuidar, preferia não ter. Só que todos os dias que eu chegava na minha mãe ela me mostrava ele e dizia “olha o teu, que coisa mais linda”. Bah, não tava querendo, mas o bichinho ficava cada vez mais lindo e o Amaral começou a gostar da idéia. Ele me pediu pra gente tentar, e se não desse certo, a gente arranjava alguém pra dar, e é certo que ia ter gente pra querer. Tá bom, aceitei ter o cachorro, mas estava cheia de medos. 

Demos a ele o nome de Sebastião, que é pra ser uma mistura do nome dos pais dele (Bel+Tigrão), mas sempre o chamamos de Tião. Depois das vacinas, começamos a levar ele com a gente nos finais de semana, pra ele ir se acostumando com a casa. Como a gente morava num sobrado, eu deixava ele no lavabo lá em baixo e nós dormíamos no quarto de cima. No primeiro final de semana, me acordei de madrugada com a choradeira dele e o Amaral não estava na cama. Desci pra ver o que estava acontecendo e o Amaral estava xingando o cachorro, mandando ele dormir. Como se o bichinho fosse entender!!!! Então peguei o Tião no colo, enrolei numa mantinha, fiz uma mamadeira (é... mamadeira mesmo, com leitinho morno) e dei pra ele. Nossa, o bichinho ficou doido. Mamou e dormiu, e quando fui largar ele na caminha, acordou e abriu o berro. Igual criança.

Fiquei sentada do lado da caminha dele só com a mão do lado dele pra deixar ele lamber. Não queria ficar com ele no colo, pra não acostumar. Fiquei ali uns 40 minutos até ele dormir. Naquela noite comecei a entender o que era ser mãe e mesmo estando cansada e com sono, fiz aquilo com o maior amor do mundo. Nascia ali o meu amor pelo Tião.

Seguimos assim por uns 3 finais de semana, até que levamos ele definitivamente e começou então a etapa de “educação canina”. Estava apaixonada por ele, mas cachorro dentro de casa, neeeem pensar.... então comecei com as técnicas que aprendi assistindo o programa do Dr Pet. Teve também a função de “pode e não pode”, ensinando ele onde fazer as necessidades. Meu Deus, não pensava que era tão difícil educar um cachorro. Mas insisti tanto, e aos pouquinhos ele foi aprendendo. Hoje ele é super obediente.

Fizemos batizado dele, levávamos ele pra passear, era uma curtição. Ele era lindo, parecia um ursinho e na rua todo mundo parava pra ver.

No natal de 2009, ele já estava com 7 meses, e eu na minha reles ignorância, achei por bem de enfeitar a casinha dele com luzinhas de Natal. Passou o noite inteira com aquele pisca pisca e o cachorro deve ter ficado doido, porque no dia seguinte, eu mal abri o portão e ele saiu em disparada. Meu Deus.... Eu estava saindo pra trabalhar, mas qdo ele fugiu, joguei minhas coisas no chão e sai correndo atrás dele. Corri tanto, que não tinha mais folego. Liguei pro meu pai pedindo ajuda, só que eu acho que fiz um “leve” fiasco no telefone que todos os meus vizinhos saíram pra ver o que estava acontecendo. Eu chorava desesperada e corria como uma louca. Na rua, todo mundo tentava atacar ele mas ninguém conseguia, ele fugia de todo mundo. Até que chegou numa rua sem saída e finalmente consegui pegar. Quando meu pai chegou eu já estava com ele na coleira e meus vizinhos rindo da minha cara. Tá louco, nunca corri tanto.

Entrei no carro do meu pai, me abracei no Tião e cai no choro. Deusolivre ficar sem meu cachorro, quase tive um treco. Naquele dia, me apavorei, achei que ele estivesse doente, porque ele nunca tinha agido daquela forma.

Levei ele na emergência do veterinário, e o médico só faltou rir da minha cara. Contei tudo que tinha acontecido e o médico me diz: “teu cachorro está com 7 meses, o equivalente a um adolescente de 15 anos. Coloca luzinhas de natal do quarto de um menino de 15 anos pra ver se ele não vai querer fugir de casa”. Toma.... o veterinário me deu nos dedos e eu quase morri de vergonha. Quem ria da minha cara depois era o Amaral..... ai que ódio....

Passamos tantas coisas legais com o Tião... vibramos quando ele aprendeu a levantar a pata pra fazer xixi. Adorávamos quando as pessoas nos paravam na rua pra ver ele. Eu dizia que ele era um lord, pois era o mais lindo dos chows que eu conhecia e caminhava na coleira com uma pose.....

Quando engravidei do João Pedro então.... meu Deus, como ele me cuidava. Ele percebeu que a minha barriga estava crescendo e quando vinha pular em mim, cuidava pra não machucar. Passou a pular de lado e se apoiar nas minhas pernas. Faz isso até hoje. Será que ele pensa que ainda estou grávida???? Nossa... teve tanta coisa durante a minha gravidez, que já citei nos blogs outras vezes.

Eu já achava que estava na hora dele ter uma namorada. Ele já tinha virado homenzinho, mas não aparecia a cachorra perfeita, hehehe. Com a mãe dele eu não podia colocar pra cruzar, porque o veterinário disse que não seria adequado. Pai com filha pode, mas filho com mãe não pode, pode dar filhotes deformados. Precisava então de uma terceira....

Até nisso o destino deu uma ajudazinha, hehehe... Quando nos mudamos, minha vizinha viu o Tião e disse que a sobrinha dela tinha duas cachorras chow e estava a procura de macho para cruzar. Eu disse que ela poderia trazer as cachorras sem problema. A menina me ligou então pra saber quando podia levar. Marcamos pra um sábado e naquele dia até mandei ele pro banho, pra ficar bem cheiroso pra conhecer a namorada.

A menina trouxe uma das cachorras. Eles se conheceram, se cheiraram e só isso. A Cindy ainda não estava bem no cio e a dona dela ficou de trazer na época certa. E quando trouxe... minha nossa, que festa que ele fez.

A Dani (dona da Cindy), deixou a cachorra lá em casa e foi embora e eu fiquei ali cuidando dos dois. Que sensação bem estranha. A primeira namorada dele já vem pra dormir em casa. De certa forma eu estava com ciúmes dele. Qualquer barulhinho que eu ouvia, levantava pra ver o que tava acontecendo. O Amaral me deu um xingão e disse que do jeito que eu tava sendo chata, o Tião não ia conseguir cobrir a Cindy.

Me senti um sogra, enxerida, ciumenta, metida... ai que coisa horrível. Na noite que a Cindy ficou lá em casa, eu nem dormi direito. Estava preocupada se eles não iam brigar, se o Tião não ia machucar ela, ficava olhando toda hora. E de certa forma senti um alívio quando a Dani veio buscar a Cindy. Fico imaginando se eu agi assim com o Tião, como seria com o João Pedro???? Eu acho que teria ciúmes até de pegarem ele no colo.....

Essa semana a Dani me disse que a outra chow está entrando no cio, e perguntou se podia trazer. Pode né, o Tião ficou comigo justamente pra isso, pra procriar e ver se nasce mais uns branquinhos....

Sempre que um cachorro cobre uma cadela, é de praxe um filhote ficar com o dono do cachorro. Nesse caso, um filhote de cada cadela. Vou ficar pra mim com uma fêmea, pra futuramente ser a namorada oficial do Tião e eu poder começar a minha criação e venda de chow chows....

Perto do Natal deve nascer os filhotes da Cindy, então no meio de fevereiro já teremos uma nova integrante na família. Já estou pensando em que nome dar a ela, já que Judite vai ser a cachorrinha da Cecília hehehe....

Alguma sugestão???

Vejam algumas fotinhos do meu lindão... é ou não é um lord???


O dia que ele nasceu (25/04/2009)

branquelo no meio dos irmãos

bebezinho

O batizado (Renan e Amanda foram os padrinhos)


Crescendo e criando carinha de Chow


Chowzão


 Carinhoso com a prima Thyphanie 


 Tosado pra suportar o verão


 A foto de família 










Um comentário:

  1. Oi!Tudo bem?
    Vi a foto do teu Tião tosado e fiquei curiosa, hoje nossa Daphne foi tosada pela primeira vez, e há tantas discrepâncias a respeito da tosa no Chow, então, tenho uma pergunta, o pelo do Tião voltou a crescer normal depois da tosa, a juba, tudo?
    Desde já obrigada!

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